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Protesto da UNE contra plano do MEC termina com um estudante preso

Manifestação dos estudantes ocorreu enquanto reitores chegavam à sede do ministério para conhecer detalhes do plano
Polícia Militar prende um manifestante durante o protesto Foto: Matheus Alves/ Cuca da UNE
Polícia Militar prende um manifestante durante o protesto Foto: Matheus Alves/ Cuca da UNE

BRASÍLIA - Um protesto da União Nacional dos Estudantes ( UNE ) em frente ao Ministério da Educação contra cortes nas universidades federais e contra o financiamento privado dessas instituições terminou em confusão. A PM chegou a prender um manifestante. No momento, reitores de todo o país estão reunidos no MEC para conhecer detalhes de um plano que o ministério vai anunciar quarta-feira com o objetivo de buscar alternativas de financiamento às universidades federais.

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Segundo a PM, o protesto era pacífico até os funcionários do MEC começarem a retirar cartazes pregados pelos estudantes na sede do ministério. Com isso, diz a polícia, os manifestantes partiram para cima da segurança e dos policiais, sendo necessário reagir e prender um que teria agredido um PM.

Já o presidente da UNE, Iago Montalvão, tem outra versão. Segundo ele, foi a polícia que começou a empurrar, a agredir os estudantes e a jogar spray de pimenta. Segundo a PM, foi a segurança do ministério quem jogou o spay.  No Twitter, entidade divulgou fotos da manifestação.

O MEC ainda não divulgou detalhes do plano que será anunciado. Diante das especulações sobre seu teor, o ministro da Educação, Abraham Weintraub , disse no Twitter que não serão cobradas mensalidades na graduação e que a adesão das universidades ao plano será voluntária.

O presidente da UNE criticou a postura do MEC.

- Queremos a reversão dos cortes. Não adianta a captação privada. Somos contrários a um projeto dessa forma. Nem os reitores sabem o que vai ter nesse plano. Vai ser imposto. Acreditamos que tem que ter financiamento público - disse Iago Montalvão.

A entidade entregou aos reitores que chegavam ao MEC um manifesto de uma página. "Queremos a retomada imediata de todos os investimentos cortados das universidades e escolas brasileiras e a discussão sobre o aprofundamento dos investimentos com um projeto claro para a educação, e não para a privatização!", diz trecho do texto.