Por G1 RS


Protesto contra mudanças nas aulas e falta de professores fecha escolas em Porto Alegre

Protesto contra mudanças nas aulas e falta de professores fecha escolas em Porto Alegre

Mais de 10 escolas municipais estão sem aulas nesta segunda-feira (29) em Porto Alegre por conta de uma paralisação em protesto feito por pais de alunos contra mudanças geradas pela instrução normativa da prefeitura que mudou a carga horária dos professores.

A manifestação é acompanhada pelo Sindicatos dos Muncipários de Porto Alegre (Simpa). Entre as demandas apresentadas pelos pais estão a falta de professores, os impactos das mudanças na carga horária e a falta de segurança.

Conforme o Simpa, as escolas afetadas são as seguintes:

  1. EMEF José Loureiro da Silva
  2. EMEF Aramy Silva
  3. EMEF Heitor Villa Lobos
  4. EMEF Lidovino Fanton
  5. EMEF Leocádia Felizardo Prestes
  6. EMEF Prof. Gilberto Jorge Gonçalvez da Silva
  7. EMEF Rincão
  8. EMEF Gabriel Obino
  9. EMEF Prof. Anísio Teixeira
  10. EMEF Campos do Cristal
  11. EMEF Saint Hilaire
  12. EMEF Vila Monte Cristo

"Temos várias reivindicações, pela falta de professores, alunos abandonados nas escolas por causa da nova rotina, e falta de segurança", afirma Silvana Rodrigues, mãe de aluno da Escola Vila Monte Cristo, na Zona Sul de Porto Alegre.

Escola não abriu os portões na manhã desta segunda-feira por causa dos protestos contra mudanças — Foto: Reprodução/RBS TV

Entre os problemas, conforme a mãe, está a criação de uma fila para o almoço e falta de espaço físico para as refeições, por exemplo. Ela relata que crianças e adolescente de todas as idades fazem as refeições ao mesmo tempo e sem o acompanhamento de professores, como acontecia antes do decreto.

Ela afirma ainda que, com a mudança no horário da abertura dos portões, desde as 7h crianças ficam nas calçadas para entrar na escola às 7h30, sem segurança. "Crianças na calçada com a escola fechada, com a escola sem segurança, sem guarda", explica.

De acordo com Silvana, a mobilização partiu da comunidade escolar que, em rede, mobilizou pais de outras escolas. Eles contam com apoio do Simpa. "Foi tudo debatido em reuniões realizadas na escola, e se decidiu fechar as escolas em sinal de protesto", ressalta.

A Secretaria Municipal de Educação confirma que a paralisação afeta 12 escolas muncipais na manhã desta segunda-feira. De acordo com a pasta o déficit de professores na rede muncipal é de 245 profissionais, e que não há previsão da contratação de mais pessoas. Quanto à segurança, a pasta informa que a pasta está em tratativas com a Secretaria de Segurança.

No comunicado, a secretaria diz que cabe a cada escola organizar o fluxo nos refeitórios.

O que mudou com o decreto

Antes da instrução normativa, as aulas aconteciam das 7h30 ao meio-dia. Eram cinco períodos de 50 minutos e mais o horário de intervalo, de 20 minutos.

No horário de aula, estavam incluídos o café da manhã e o almoço dos alunos. Com isso, os professores tinham direito a uma compensação durante a semana. Além disso, nas quintas-feiras, as aulas terminavam às 10h, para a reunião pedagógica nos dois últimos períodos.

Com a mudança, as aulas acontecem das 8h ao meio-dia, com períodos de 45 minutos e mais o horário de intervalo, de 15 minutos. Os alunos chegaram antes, às 7h30, para o café da manhã. O almoço também fica fora deste horário, com o apoio dos servidores das escolas e sem a presença dos professores.

As compensações semanais e para as reuniões pedagógicas foram canceladas. Agora os alunos devem ficar em sala de aula, com um professor auxiliar.

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