Projetos unem educação e tecnologia para transformar o Rio na capital da inovação

Prefeitura do Rio aposta em capacitação com o objetivo de formar profissionais para o mercado de trabalho

Por Invest.Rio


O projeto Programadores Cariocas tem o objetivo de capacitar cinco mil jovens — Foto: Getty Images

Não existe tecnologia sem investimentos em educação. Na corrida para ser a capital da inovação na América Latina, o Rio de Janeiro aposta nessa conexão em muitos dos seus projetos. A Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação (SMDEIS), já implementou projetos educacionais que estão abrindo as portas para jovens que sonham ingressar no mercado da inovação, como o Programadores Cariocas.

Lançado em 2022, e com novas turmas que serão abertas no segundo semestre deste ano, o Programadores Cariocas tem o objetivo de capacitar cinco mil jovens que tenham concluído o ensino médio e sejam de famílias de baixa renda.

— A demanda por programadores está crescendo rapidamente, mas há uma escassez de profissionais qualificados. O projeto não só ajuda a enfrentar a falta de mão de obra, oferecendo treinamento para jovens e pessoas de todas as idades interessadas em uma carreira na programação, como também visa promover uma mudança importante na qualidade de vida desses cariocas e suas famílias, explica Chicão Bulhões, secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio.

O curso tem a duração de seis meses e oferece aos participantes uma bolsa de estudos, uma ajuda de custo mensal de R$ 500, além de um computador ao final para os que concluíram a especialização. As vagas disponíveis priorizam mulheres, negros, pessoas trans e refugiados.

“A demanda por programadores está crescendo rapidamente, mas há uma escassez de profissionais qualificados”
— Chicão Bulhões Secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do Rio

— Vamos lançar em breve o edital para a abertura de novas turmas. Incrementamos o programa e estamos muito felizes porque a primeira etapa foi um sucesso: formamos 750 alunos. Estamos no caminho certo.

Inovação como norte para projetos

Outra iniciativa que deve impulsionar o setor no Rio é o Porto Maravalley, que promete ser o maior hub de inovação aberta do Brasil. O empreendimento da Prefeitura do Rio, realizado por meio da Intest.Rio — agência de promoção e atração de investimentos ligada à SMDEIS —, vai ser capitaneado pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), uma das instituições mais renomadas do país.

— O Impa terá a primeira graduação no Porto Maravalley, com quatro cursos: Matemática, Física, Ciências de Dados e Ciência da Computação. Selecionaremos os melhores alunos de escolas públicas do Brasil, por meio das Olimpíadas de Matemática, e traremos eles para o Rio — com bolsa de estudo e local para morar. É um investimento grande da Prefeitura em parceria com o governo federal —explicou Bulhões.

O Porto Maravalley vai reunir, ainda, em um único ambiente startups, empresas e universidades, estabelecendo conexão entre os agentes do ecossistema de inovação. Dessa forma, a região da Zona Portuária do Rio vai se transformar em um ambiente ideal para troca de conhecimento e cocriação. As startups que se instalarem no local terão acesso a recursos e mentorias para que desenvolvam suas ideias de maneira acelerada, enquanto as empresas que identificarem problemas no setor terão ao lado a expertise dos alunos do Impa para encontrar soluções para cada caso.

Porto Maravilha — Foto: Invest.Rio/Divulgação

— A interação entre empresas e universidades é um dos pilares da inovação aberta, e o Porto Maravalley se posiciona como um facilitador dessa colaboração. Através de eventos, workshops e programas de capacitação, será fomentada a integração entre as partes, estimulando a criação de projetos conjuntos e o desenvolvimento de tecnologias e serviços inovadores — concluiu Alexandre Vermeullen, presidente da Invest.Rio, que participou como jurado no Festival LED para acompanhar debates e ideias inovadoras em torno do tema “educação”.

CEO da Invest.Rio participa do júri do Desafio LED e anuncia apoio aos concorrentes

Disputa selecionou projetos inovadores desenvolvidos por estudantes universitários

Invest.Rio apoiará os participantes, por meio de consultorias e conectando seus projetos com o mercado — Foto: Divulgação

O palco do Museu do Amanhã foi ocupado por universitários que estão de olho na tecnologia como ferramenta fundamental para o dia a dia das instituições de ensino superior. Os cinco finalistas da 2ª edição do Pitch Desafio LED — Me Dá uma Luz Aí, que premiou projetos voltados para solucionar problemas educacionais vividos dentro das universidades, defenderam as iniciativas desenvolvidas pelos estudantes no palco do Museu do Amanhã, ao fim do segundo dia do Festival LED.

A ideia do Desafio LED é reconhecer e incentivar o talento dos estudantes para a identificação de diversos problemas e para a criação de suas soluções. Alexandre Vermeulen, CEO da Invest.Rio, integrou o júri que elegeu os vencedores.

— Sábado, 17 horas, e todo mundo está aqui querendo ver um pitch de inovação. O Rio é realmente a capital da tecnologia e da inovação — celebrou Vermeulen.

Antes que os participantes começassem as apresentações, Vermeulen mostrou que tinha grandes expectativas em relação à apresentação dos futuros profissionais.

— Nesta fase, quero ver paixão, vontade de apresentar a empresa e acreditar nela. Eles precisam saber que a vida deles agora é acordar cedo e convencer cada jurado de que “sou o vencedor” — destacou o CEO.

Depois de assistir às apresentações, os jurados se reuniram para definir os vencedores e, antes da divulgação do resultado, Vermeulen revelou que a Invest.Rio apoiará os participantes, oferecendo consultoria e conectando seus projetos com o mercado.

— A Invest.Rio desempenha um papel de conectar e fazer pontes, e isso pode ser utilizado pelas startups. Por meio de parcerias, temos a capacidade de estabelecer conexões valiosas com os diversos atores desse ecossistema, incluindo o governo, a academia, investidores, empreendedores e empresários locais — ressaltou Vermeulen.

O CEO também destacou a qualidade dos trabalhos.

— As apresentações finais do projeto foram impressionantes. Os pitches realizados mostraram um excelente nível de estruturação, apresentando soluções simples e de fácil validação. Os participantes conseguiram transmitir de forma clara e concisa suas ideias, demonstrando um profundo entendimento dos desafios enfrentados e oferecendo abordagens criativas para resolvê-los. Além disso, foi evidente o esforço e dedicação de todos os envolvidos — destacou.

“A Invest.Rio desempenha um papel de conectar e fazer pontes, e isso pode ser utilizado pelas startups!”
— Alexandre Vermeulen CEO da Invest.Rio
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