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Brasil Educação

Projetos incentivam novos métodos de ensino

Estímulo ao raciocínio lógico e uso de objetos digitais são algumas das práticas defendidas por educadores
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Piscopedagogo Beto Silva durante o workshop sobre o Escola Digital para educadores Foto: Divulgação/Carlos Della Rocca
Piscopedagogo Beto Silva durante o workshop sobre o Escola Digital para educadores Foto: Divulgação/Carlos Della Rocca

A meta era clara: preparar uma aula interdisciplinar para alunos do 4º ano do ensino fundamental com conteúdos de história, artes e matemática. Em poucos minutos, os educadores decidiram que o tema seria Leonardo da Vinci. Seguiu-se, a partir daí, a parte mais instigante da tarefa: organizar o material.

Em vez de uma pesquisa nos sites de buscas, a equipe foi apresentada à Escola Digital, uma iniciativa da Fundação Telefônica Vivo e do Instituto Natura, que disponibiliza, via plataforma on-line, mais de 21 mil objetos de aprendizagem, como animações, vídeos, infográficos, mapas, jogos e e-books.

Ao digitar o nome do artista, apareceram, entre outros elementos, um infográfico com a biografia do italiano, uma animação que aborda a relação das telas do pintor com a matemática e um vídeo sobre Monalisa, a obra mais famosa do renascentista.

– O projeto Escola Digital não produz conteúdo, mas reúne, organiza e cataloga. Na sociedade do conhecimento, com excesso de informação, a curadoria é cada vez mais fundamental – afirmou Beto Silva, psicopedagogo e parceiro executor de projetos da Fundação Telefônica Vivo, que ministrou o workshop.

Estimular novos métodos de aprendizagem para atender à BNCC é uma das preocupações dos educadores, como ressaltou Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare.

– É importante reunirmos esforços para uma boa implantação da nova base curricular. É uma grande uma oportunidade para se repensar práticas e propor novas abordagens – destacou Anna.

Amplitude

Os benefícios da ferramenta digital não se restringem aos educadores. O objetivo é que os estudantes e as famílias também encontrem no conteúdo atalhos interessantes para acelerar o aprendizado. E a tecnologia, nesse caso, é muito mais do que um meio. É também objeto de discussão e espaço para experimentação de novas práticas.

É o caso do Programaê!, projeto da Telefônica Vivo e da Fundação Lemann, que também foi tema de workshop para profissionais do ensino. A iniciativa visa estimular a linguagem de programação e o pensamento computacional de forma lúdica nas práticas pedagógicas, estimulando educadores e jovens a trabalharem o raciocínio lógico no dia a dia. Com o lema de que todos podem aprender a programar, em qualquer idade ou região do país, o desafio do projeto é integrar o pensamento computacional de todo o país à BNCC, respeitando a diversidade de cada localidade.

O Escola Digital e o Programaê! são iniciativas que visam corresponder ao item 5 da BNCC: cultura digital. Durante os workshops, foi demonstrada a importância das escolas não só em reproduzirem as práticas digitais, mas em requalificá-las, o que inclui, por exemplo, ensinar os alunos a analisar dados e fontes e também indicar a forma apropriada de socializar informações.

– Os jovens precisam dessa orientação. Porque o acesso à rede eles já têm, mas é muito comum que não aproveitem os benefícios porque não sabem como fazer isso — diz a psicopedagoga Maria Aparecida Fagundes, que atua em uma ONG que oferece capacitação a jovens e adultos.