Oferecido por

Por Jornal Nacional


Projeto que ampliou o diálogo e o acolhimento em escolas públicas de Brasília é um dos vencedores do Prêmio Movimento LED

Projeto que ampliou o diálogo e o acolhimento em escolas públicas de Brasília é um dos vencedores do Prêmio Movimento LED

Esta sexta-feira (28) é o Dia Mundial da Educação. Por isso, o Jornal Nacional apresenta uma ação que ampliou o diálogo e o acolhimento em escolas públicas de Brasília. Foi um dos projetos vencedores do Movimento LED - Luz na Educação, uma iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho.

A 50 quilômetros de Brasília, quase na divisa com Goiás, está a escola Myriam Ervilha. Lá, quatro estudantes montam o mural de oportunidades com oferta de bolsas de estudo, vestibulares e emprego. O mural é uma das atividades que os Jovens Líderes pela Paz desenvolvem por um ambiente escolar sem violência. Há um ano, eles percorrem escolas públicas do Distrito Federal para multiplicar essa ideia.

“O aluno, a pessoa, ela é formada a partir da escola. Então, se ela aprende a lidar com aquilo desde o início, ela consegue sair da escola de uma forma melhor e tratar as coisas com mais tranquilidade”, afirma Sibelle Araújo, integrante do Jovens Líderes pela Paz.

Os Jovens Líderes pela Paz também estimulam boas práticas de convívio, fazem a semana de saúde mental e mandam mensagens de apoio para trazer de volta os estudantes que faltam às aulas por medo da violência, ansiedade e depressão.

Rehnan dos Santos Coutinho, Gerard Souza de Oliveira e Kamylle Vitória Silva Nascimento Passos são alunos que aprenderam a importância de ouvir para estender a mão.

“Acho que muita gente hoje precisa é ser escutado. É alguém que escute, e a acolha ele de verdade, e não ficar julgando”, diz Rehnan.

“É difícil dizer o que você sente, porque muitas vezes você não sabe se aquela pessoa realmente é confiável, se ela vai espalhar o que você sente, se ela vai rir de você”, conta Gerard.

“Eu posso conseguir, de alguma forma, animar ou melhorar o dia de uma pessoa. Então, é uma coisa ótima”, afirma Kamille.

Em um ano, o projeto já formou mais de 250 líderes pela paz em 15 escolas do Distrito Federal, onde os alunos conversam entre si para fazer do diálogo a melhor forma de resolver problemas e evitar conflitos.

José Aldias Serra dirige a escola há sete anos. Ele recebeu o projeto de braços abertos.

“A partir do momento que o estudante constrói aquele espaço que ele vai trilhar, que ele vai passar para outras pessoas, de diálogo entre eles, eles têm uma linguagem própria, a juventude. Isso é muito mais fácil de chegar essa mensagem aos demais”, afirma o diretor da escola Myriam Ervilha.

Os Jovens Líderes pela Paz é um dos ganhadores do Prêmio LED, uma iniciativa da Globo e da Fundação Roberto Marinho para apoiar as boas práticas educacionais no Brasil. As gêmeas Isadora e Isabela, fundadoras do grupo, ex-alunas de escola pública, trabalham agora para expandir o projeto.

“Com o recurso que o projeto LED vai dar presente, a gente pretende expandir para todo o Brasil”, conta Isadora Rodrigues, cofundadora do Jovens Líderes pela Paz.

Da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, onde estuda economia e gestão pública, o Eduardo Vasconcelos, fundador do Jovens Líderes pela Paz, fala com entusiasmo sobre o projeto que idealizou quando era aluno de escola pública em Brasília. O trabalho acabou lhe rendendo uma bolsa em uma das universidades mais prestigiadas do mundo.

“A gente leva dezenas de oportunidades para os jovens não desistirem da educação. E, por meio desses pequenos gestos, a gente vê um brilho nos olhos nos estudantes. É esse brilho nos olhos que a gente precisa ter nas nossas escolas. Os nossos alunos não podem estudar com medo. A escola é um lugar de aprender é o lugar de você fazer amigos, lugar de brincar, lugar de você encontrar o caminho que você vai seguir na sua vida”, diz Eduardo Vasconcelos.

LEIA TAMBÉM

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!