Por Fábio Cadete, G1 Santarém


Oficinas seguem até o dia 30 de junho — Foto: Geovane Brito/G1

Encantar e atrair adolescentes e jovens com aulas dinâmicas e interdisciplinares é o objetivo do projeto Mundiar para as salas de aula de escolas do ensino médio, da rede pública estadual em Santarém, oeste do Pará. Pelo fato de não ser uma tarefa simples, o projeto Mundiar, que tem a missão de diminuir a distorção idade-ano, está realizando a formação de professores para assumir turmas do primeiro módulo de 2017. A qualificação vai até 30 de junho, no Iespes.

Na formação, os professores aprofundam seus conhecimentos e fundamentos da metodologia do Telecurso para atuarem como mediadores pedagógicos, sendo estimulados a relacionar conceitos teóricos com o dia a dia dos estudantes. Segundo a formadora do projeto, Bernadete Rufino, “o projeto vem para tentar consertar a defasagem idade-ano no ensino médio, onde mais de 50% dos alunos estão com dois anos ou mais, atrasados”.

O professor qualificado assume uma turma durante 24 meses. Se o aluno em atraso corresponde as séries do ensino fundamental, de 6ª ao 9º ano. Já para o ensino médio, são 18 meses. “Não é como o ensino regular, que o professor entra na sala, tem 50 minutos com os alunos, demora mais uns 20 minutos para organizar a turma e a aula se resume em meia hora. O professor qualificado responsabiliza-se por 35 alunos, durante quatro horas por dia. Com certeza o educador vai conhecer cada aluno”, explica o professor participante da formação, Rubenic Araújo.

A distorção idade-ano significa o atraso no período regular frequentado, tanto por crianças como adolescentes, em ambiente escolar conforme o desenvolvimento das atividades e percepções correspondentes a cada idade. Por exemplo, um jovem com 15 ou 16 anos, pela idade escolar regular, deve estar no 1º ano do ensino médio.

A percepção do aluno em atraso ocorre durante a matrícula ou no próprio cadastro da Seduc. “A gente verifica que o aluno está com idade avançada e a turma não compatível. Logo, encaminhamos para as turmas que há o projeto em excussão”, explico Bernadete Rufino.

Mundiar

Iniciado em 2014, o Mundiar é uma parceria com o Governo do Estado do Pará, por meio da secretaria de Educação, e conta com financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

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