Por G1 MS


Profissionais da educação da rede estadual decidiram aceitar a proposta salarial do governo do estado nesta quarta-feira — Foto: Fetems/Divulgação

Os professores e administrativos da rede estadual de ensino de Mato Grosso do Sul aceitaram a proposta salarial apresentada pelo governo do estado e encerraram nesta quarta-feira (26) a greve que havia sido iniciada um dia antes. A posição saiu de uma assembleia geral da categoria promovida na sede da Federação dos Trabalhadores em Educação (Fetems), em Campo Grande.

A reunião contou com a presença de aproximadamente 400 pessoas, entre delegados e representantes dos sindicatos municipais dos trabalhadores em educação, que no dia anterior haviam analisado a oferta do governo.

Segundo a Fetems, a proposta do governo prevê aplicar um percentual de reajuste ao salário dos professores de 7,64% em duas parcelas, sendo 2,94% em setembro e 4,70% em dezembro, de modo a assegurar ainda em 2017 o índice de equivalência de 78,16% do valor pago no estado em relação ao piso nacional da categoria para 20 horas de trabalho.

O governo também propôs, de acordo com a entidade, reajustar em outubro de 2018 o salário dos professores no mesmo índice do piso nacional para o próximo ano, para manter a equivalência de 78,16%, e conceder em dezembro do ano que vem um novo aumento, para que o índice de equiparação atinja os 82,53%, avançando no cumprimento da lei estadual 200/2015, que determina a integralização dos salários pagos no estado ao piso nacional por 20 horas.

A proposta define ainda o mês de maio como data base para a categoria, mantém a convocação da mesmo forma que no primeiro semestre, assegura que não haverá alteração no estatuto dos profissionais da educação e prevê o encaminhamento para a Assembleia Legislativa de um projeto, com a íntegra do acordo, para que ocorra a repactuação da lei complementar 200/2015.

“Seria melhor o cumprimento da legislação como foi aprovada em 2015, porém diante do quadro que foi debatido com a categoria, os trabalhadores e trabalhadoras em educação entenderam que é melhor manter essa politica de promoção de um ganho real nos últimos anos, apostando no cumprimento integral das etapas que estão sendo negociadas, e mantendo a integralização do piso até 2020, por 20 horas, em Mato grosso do Sul. Uma politica que nos levou a um dos melhores salários do Brasil”, pontuou o presidente da Fetems professor Jaime Teixeira.

Ele destacou que agora é o momento de intensificar as tratativas em relação aos funcionários administrativos em educação. Já foi estabelecido com o governo, a criação de uma Comissão de Negociação, específica para os administrativos, em busca da implantação de uma política de valorização da categoria. “Entendemos que há um déficit com os nossos trabalhadores e trabalhadoras administrativos da educação. Esse é um debate que será prioritário com o governo”, disse Teixeira.

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