Por G1 Santos


Professores protestam em frente a Prefeitura de Apiaí — Foto: G1 Santos

Professores da rede municipal de ensino de Apiaí, no interior de São Paulo, protestaram em frente a prefeitura, na manhã desta sexta-feira (21). Eles reclamam que, após quatro meses de salários atrasados, não receberam o pagamento em dezembro.

De acordo com professores ouvidos pelo G1, desde agosto, eles estão recebendo os salários atrasados. "Nós temos que receber até o quinta dia útil. De agosto em diante, ele tem vindo atrasado. Neste mês, não veio ainda'', afirmou uma professora que prefere não ser identificada por medo de represálias.

Os professores já solicitaram um posicionamento da administração municipal sobre o assunto. Segundo eles, a justificativa é que houve uma queda na arrecadação do município. Os professores dizem que o recurso federal, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que atende toda a educação básica, está sendo repassado corretamente.

"Queremos saber onde a nossa verba está sendo usada. Nós não podemos pagar pela questão da crise municipal. Estamos aguardando uma resposta. Recebemos o décimo terceiro no dia 11 e o salário, que deveria ser pago no dia 7, ainda não recebemos. A previsão é para o dia 28", falou a professora.

Por isso, nesta sexta-feira, os professores se reuniram na porta da prefeitura para tentar falar com o prefeito Luciano Polaczek (PMDB). Segundo os educadores, os membros da comissão de professores foram até a Secretaria de Educação, mas não conseguiram conversar com o chefe do executivo porque ele estaria em uma reunião.

A Prefeitura de Apiaí enviou uma nota ao G1, na noite desta sexta-feira (21), dizendo que o prefeito Luciano Polaczek Neto se reuniu com a comissão formada pelos professores, explicou sobre a situação que o município passa e as medidas que já vem sendo tomadas. Entre estas medidas, estavam as demissões e a redução de gastos para que, aos poucos, Apiaí possa voltar à sua normalidade. O prefeito explicou que isso demanda tempo e ficou à disposição da comissão para responder a todos os questionamentos.

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