Professores municipais de Alumínio paralisam atividades em protesto nesta quarta-feira — Foto: Arquivo Pessoal
Os professores da rede municipal de ensino de Alumínio (SP) paralisaram as atividades e se concentram em frente à prefeitura nesta quarta-feira (10), em manifestação contra mudanças no salário e no plano de carreira.
O G1 conversou com um professor da Escola Municipal Comendador Rodovalho que falou que os manifestantes pedem por um canal de comunicação aberto com o prefeito Antonio Piassentini (PPS).
A cidade tem 210 professores dos ensinos infantil e fundamental e a organização acredita que 80% dos docentes da rede aderiram à paralisação.
"Ele [prefeito] entende que o plano de carreira dos professores tem irregularidades, mexeu e tirou benefícios sem passar pelo legislativo, entendemos que isso é ilegal", explica.
Professores municipais de Alumínio paralisam atividades em protesto nesta quarta-feira
Segundo o docente, as novas mudanças, aplicadas no último mês, tiram a garantia de benefícios acumulados de acordo com a carreira dos professores.
"Por exemplo, se eu tenho uma segunda graduação e faço uma pós, o benefício da graduação é retirado e só fica o que rende mais. Isso mexe diretamente nos salários-base", explica.
Segundo o professor, a manifestação foi avisada com 72 horas de antecedência pelo Sindicato dos Servidores Públicos de Alumínio.
O professor reclama da falta de incentivo de continuidade dos estudos aos professores da rede. "Para que você vai estudar se não vai ganhar? Nós estudamos para melhorar a educação do aluno e merecemos ganhar por isso", diz.
Professores se concentram em frente à Prefeitura de Alumínio — Foto: Arquivo Pessoal
A Polícia Militar de Alumínio acompanha a movimentação, mas questionada pelo G1, não informou quantos manifestantes estão presentes no local.
Em nota enviada na sexta-feira (12), a prefeitura informou que a regra da Constituição é que os benefícios que possuem a mesma natureza jurídica não podem ser acumulados
"O que precisa ter em mente é que não foi mudada nenhuma lei (por isso não passou pela Câmara) mas sim, a forma como vinham sendo calculados os benefícios, ou seja, percentual sobre percentual."
Ainda conforme a nota, a administração entende que tem "poder-dever" de rever os benefícios. "O que os professores querem é que se continue pagando a mais, de forma errada, mesmo correndo o risco de no futuro ter que devolver ao cofre público o valor pago a maior."
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