Por G1 RS e RBS TV


Professores realizam protesto no interior do Rio Grande do Sul — Foto: Reprodução/RBS TV

A greve dos professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul chegou nesta segunda-feira (23) à oitava semana, com manifestações em frente às Coordenadorias Regionais de Educação (CRE). Nesta segunda-feira (24), professores em greve decidiram impedir a entrada de funcionários nas sedes, em reação à medida do governo de transferir os estudantes para escolas que não estão em greve.

Os pedidos de transferência devem ser feitos nas coordenadorias de educação. Segundo o CPERS, sindicato que representa os professores, 22 coordenadorias foram fechadas por grevistas.

Em Porto Alegre, o protesto começou por volta das 9h. Além de bloquear a entrada da Secretaria Estadual de Educação, cerca de 30 manifestantes entraram no prédio. De acordo com o CPERS, o protesto é a forma de chamar a atenção do governo para negociar o fim da greve.

Em Santa Maria, um boneco do governador foi usado no protesto. Já em Cruz Alta, no Noroeste do estado, um professor se acorrentou ao prédio da coordenadoria.

O governo criticou as medidas. Em entrevista coletiva à imprensa na tarde de segunda-feira (23), o chefe da Casa Civil, Fábio Branco, afirmou que a greve "não contribui para o crescimento do Rio Grande do Sul e é uma ação muito mais político-partidária, que gera prejuízo aos alunos", opinou. Para terça-feira (24), está marcada uma nova reunião entre o comando de greve e a secretaria.

A secretária adjunta da Educação, Iara Wortmann, desatacou, na ocasião, que os bloqueios inviabilizaram testes da Prova Brasil, do Ministério da Educação, que avalia o rendimento escolar dos estudantes. Segundo ela, o Rio Grande do Sul foi o único estado que não realizou o procedimento. "É uma vergonha quando uma prova dessa importância não pode ser realizada", opinou.

Na sexta-feira (20), o governo do Estado anunciou a possibilidade de transferência de alunos de escolas em greve para outras que estejam funcionando. A solicitação deve ser feita pelos próprios pais, junto à coordenadoria.

Segundo a Seduc, a medida tenta atender especialmente estudantes de nono ano do ensino fundamental e do terceiro ano do ensino médio, que precisam finalizar o ano letivo em tempo hábil de transferir para outro colégio ou prestar vestibular.

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