Greve da educação em Minas completa 1 mês
A greve dos servidores da rede estadual de educação em Minas Gerais completa um mês nesta quarta-feira (11). A categoria reivindica o cumprimento do piso salarial nacional e o recebimento dos salários em dia. Há servidores que ainda não receberam o 13º salário de 2019.
A Escola Estadual Governador Milton Campos, o Estadual Central, um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, está de portas fechadas. O Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG) está funcionando parcialmente Na manhã desta quarta-feira apenas dois professores do ensino médio continuavam em greve. Mas no ensino fundamental, 700 alunos estão sem aula.
“Em 2019 o estado alega que declarou que investiu os 25% obrigatórios, mas como investiu os 25% se não temos piso e 22% da nossa categoria não recebeu o 13° salário referente a 2019?”, disse a coordenadora-geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-Ute).
No último balanço, a Secretaria de Estado de Educação disse que 93% das escolas da rede estão funcionando total ou parcialmente. Mas, de acordo com o sindicato, 69% das unidades aderiram à greve fechando as portas ou trabalhando parcialmente. A categoria reclama da dificuldade de negociar com o estado.
Pais de alunos se reuniram nesta terça-feira (10), em audiência, na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), para reclamar da dificuldade de realizar a matricula dos alunos pelo sistema online, implantado neste ano pelo governo.
A Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag) disse que está dialogando com representantes dos sindicatos de todas as categorias. Até o momento, 70% dos servidores da Educação receberam o 13° salário integral. Para concluir o pagamento, o Governo do Estado conta com a operação financeira do nióbio.
A Secretaria de Estado de Educação (SEE) enviou nota informando que "respeita o direito constitucional de greve dos servidores e reitera que tem mantido um diálogo franco e aberto com representantes sindicais".
De acordo com balanço da última terça-feira (10), 93% das escolas públicas estaduais tiveram funcionamento normal ou parcial.
Com relação à matrícula, a SEE disse que "todos os alunos que fizeram a pré-matrícula no sistema on-line foram encaminhados para uma escola estadual".
A Secretaria de Estado de Educação (SEE/MG) reafirma que respeita o direito constitucional de greve dos servidores da Educação do Estado e reitera que tem mantido um diálogo franco e aberto com representantes sindicais. O balanço apurado na última terça-feira (10/03) apontou que cerca de 93,3% das escolas públicas estaduais mineiras tiveram funcionamento normal ou parcial. A taxa de resposta para o levantamento da SEE/MG foi de 96,1%, de um total de 3.613 unidades escolares do Estado.