Segundo a professora Luciana Silva Morais, a prefeitura pagou as férias com base na jornada básica, sem a ampliação das horas e carga suplementar, e ainda tomou como base em um decreto de dezembro do ano passado. Dessa forma, alguns professores receberam apenas 50% do que deveriam, o que pode corresponder a uma diferença até R$ 2 mil.

"Nos foi prometido que o pagamento não seria feito baseado nesses decretos, mas foi. Estamos preocupados, porque neste mês temos que pagar IPVA e material escolar, estávamos contando com o dinheiro", explica a professora.

Segundo o Sindicato dos Professores, os novos decretos prejudicam a jornada dos professores, que passam a receber menos e aumentam o número de alunos em sala de aula. Outra questão modificada é a base da Previdência. Luciana explica que a prefeitura não descontará mais a ampliação das horas de trabalho, o que prejudicará o pagamento da aposentadoria.

A presidente Sindicato dos Professores, Nilza Bretas, explica que foi marcada uma nova assembleia para decidir os próximos passos, e se ocorrerá ou não a greve. A categoria ainda está planejando uma nova manifestação, para reivindicar o cancelamento da revogação dos decretos e o pagamento correto das férias de 2017. "Esses decretos não valorizam o ensino. Vamos decidir se os professores retornarão para as aulas ou não".

Em nota, a Secretaria de Educação informa que os pagamentos tiveram como base dois decretos, em vigor desde dezembro, e que a administração municipal se compromete a publicar as devidas retificações, conforme reuniões com o Conselho Municipal de Educação, o Sindicato dos Professores Municipais de Cubatão (Sindpmc), a Comissão de Lutas dos Servidores de Cubatão e a Associação dos Funcionários Públicos Municipais Aposentados e Pensionistas de Cubatão.

Conforme ata publicada no site da prefeitura, a minuta do novo decreto previsto para o decorrer desta semana não contemplará como padrão básico de vencimentos a ampliação de jornada, mas tão somente a carga suplementar e aulas eventuais.