Por Caio Coutinho, G1 AP — Macapá


Cerca de 50 participantes se reuniram para o primeiro dia do curso do Projeto Florestabilidade em Macapá — Foto: Caio Coutinho/G1

O Projeto Florestabilidade iniciou neste sábado (14) um curso de formação de professores no Museu Sacaca, no bairro Trem, na Zona Central de Macapá. O objetivo é formar multiplicadores de práticas sustentáveis na economia mantendo a preservação da Amazônia.

O início da capacitação reuniu cerca de 50 pessoas, entre professores da rede pública estadual de ensino e representantes da Associação Amapaense de Folclore e Cultura Popular e da Fundação Roberto Marinho, idealizadores do evento.

Produtos da biodiversidade foram comercializados — Foto: Caio Coutinho/G1

O projeto, que está na terceira etapa em Macapá, já foi realizado em Porto Grande e Oiapoque. O Florestabilidade nasceu com o intuito de proteger a região amazônica, criando mecanismos para preservar a floresta por meio de geração de renda comunitária.

A oportunidade oferece 16 horas de formação, dividida em dois dias. A atividade no museu ainda teve a comercialização de produtos da biodiversidade sustentável, como cuias e artesanatos.

Iran Lima explica que a formação trabalha com conceitos de economia sustentável — Foto: Caio Coutinho/G1

Segundo Iran Lima, organizador e coordenador da Associação Amapaense de Folclore, o Florestabilidade consiste em formar atores sociais em defesa da floresta. Ele completa que as ações buscam a sensibilizar a sociedade e fortalecer a proteção do meio ambiente.

“O temas principais trabalhados aqui são o ecoturismo, meio ambiente e empreendedorismo comunitário. Também abordamos os temas paralelos como pesca, manejo de cipó titica, açaí e castanhas”, .

Professora Josiane checando o conteúdo do kit distribuído — Foto: Caio Coutionho/G1

De acordo com Josiane Ferreira, de 46 anos, professora da Escola José do Patrocínio, o evento é importante para adquirir mais conhecimentos e, no caso dela, estar preparada para abordar o tema sobre a natureza dentro de bases científicas e culturais.

“Quando me perguntaram sobre meu conhecimento de manejo sustentável, eu vi que não sabia nada. Então, estarei preparada para ensinar a comunidade, que tem um perfil muito atrelado à natureza, como alunos que moram em Área de Proteção Ambiental”, conclui.

Vanessa Ronchi explica que o projeto é voltado para trabalhar a sustentabilidade entre jovens da Região Norte — Foto: Caio Coutinho/G1

A coordenadora do Florestabilidade, Vanessa Ronchi, afirma que o curso já formou mais de 2 mil educadores e foca no ensino de jovens estudantes para incentivá-los a seguir carreira. Ela diz que a Fundação Roberto Marinho está fortalecendo laços com instituições locais.

“O projeto é voltado para a educação florestal e trabalha com temáticas de geração de renda em comunidade em toda a Região Norte. Este ano estamos trabalhando em articulações com instituições locais, pois eles conhecem a realidade local”, finaliza.

O kit para desenvolver atividades com os alunos contém: três DVDs com filmes de formação, dois CDs com programas de rádio, caderno de atividades criados por atores sociais voltado exclusivamente para o Amapá, livro de conteúdos e um jogo de quebra-cabeça.

Ainda em setembro, os participantes estarão aptos a desenvolver projetos de sustentabilidade com alunos, podendo receber financiamento de R$ 1 mil de edital realizado pelo projeto.

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