Professores da rede municipal continuam em greve em Santa Inês
Em greve há três semanas, professores da rede municipal de Santa Inês, a 250 km de São Luís, procuraram o Ministério Público do Maranhão (MPMA) para informar a situação em que se encontram o pagamento dos direitos dos educadores.
A categoria exige um reajuste de 7,64%, o cumprimento do plano de carreiras e salários que segundo o Sindicato dos Professores (Sinproesemma) deveria ter saído no mês de janeiro. Segundo a categoria, apenas 4% do valor reivindicado pela categoria foi concedido pela prefeitura e reclamam do parcelamento dos salários que estão sendo realizados pelo município. Eles alegam que somente essa semana, uma reunião foi agendada com a prefeita de Santa Inês, Vianey Bringel.
“Nós fizemos duas paralisações de advertência, uma de 42 horas e outra de 72 horas. E a partir dessas paralisações, nós do Sinproessemma, enviamos para a Prefeitura Municipal de Santa Inês, dois ofícios pedindo o agendamento da audiência para que a gente discutisse a pauta dos educadores”, conta a secretária geral do Sinproesemma, Antônia Pinheiro.
Professores da rede municipal de Santa Inês pedem o reajuste nos salários. — Foto: Reprodução/TV Mirante
As escolas municipais não deixaram de funcionar, mas o número reduzido de professores em sala de aula está dificultando o andamento do calendário escolar. A categoria afirma que caso a reunião com o município tenha um resultado satisfatório, uma assembleia junto com os educadores será realizada para definir novos prazos dentro do calendário escolar.
“Se houver um acordo e ele seja favorável aos educadores, nós estaremos do Sinproessemma, nós iremos chamar no dia seguinte uma assembleia para apresentar essa proposta para os educadores e eles irão deliberar se concordam ou não com essa proposta. E no caso da aceitação nós estaremos retornando as atividades o quanto antes”, explica Antônia Pinheiro.
Por meio de nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Santa Inês, informou que a prefeitura não possui recursos suficientes para pagar o que está sendo cobrado e que tenta um acordo com a categoria. Sobre a falta de professores nas escolas, a assessoria disse que a greve não está atrapalhando nas aulas.
Categoria informou a Promotoria de Justiça sobre a situação financeira em que se encontra. — Foto: Reprodução/TV Mirante