Por Mariane Peres, G1 Presidente Prudente


Professores de Iepê entraram em greve — Foto: Rodrigo Costa Silva/Cedida

Nesta terça-feira (28), os professores da rede pública estadual de ensino do Oeste Paulista paralisaram as atividades e decretaram greve até a próxima sexta-feira (31), quando será realizada uma assembleia da categoria em São Paulo (SP).

De acordo com o conselheiro estadual de representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Wilian Hugo Correa dos Santos, os profissionais pedem reajuste salarial de 22%, o fim das reformas da Previdência Social e do ensino médio e a recondução dos professores mediadores.

Conforme Santos, até o momento, as escolas com média de 90% a 100% de adesão dos profissionais ficam em Nantes, Iepê, Sandovalina, Estrela do Norte e Narandiba. Em Presidente Prudente, as unidades estão com cerca de 80% de adesão.

Os professores também solicitam melhores de condições de trabalho, pois, segundo eles, algumas instituições de ensino estão sem profissionais de limpeza suficientes e não possuem impressoras para a elaboração de provas, o que faz com que todo o conteúdo seja passado apenas por meio da cópia de lousas, o que atrasa as aulas.

O professor Rodrigo Costa Silva disse ao G1 que os estudantes foram avisados previamente sobre o movimento de greve. “Nós os comunicamos para evitar transtornos. Ficaremos paralisados até a sexta-feira [31], aguardando pelo resultado da greve. Buscamos melhorias e soluções para nossas reivindicações”, afirmou.

Estado

Em nota ao G1, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que mantém uma mesa de negociação aberta com os sindicatos da categoria, com interlocução direta do secretário José Renato Nalini.

“A Pasta acredita no compromisso dos professores com os estudantes e com a educação. Se houver conteúdo perdido por alunos devido à ausência de docentes, ele será reposto e faltas não justificadas pelos profissionais serão descontadas. A Secretaria da Educação pagará a professores e servidores o bônus por mérito no valor de R$ 290 milhões. Sendo que no último dia 7 já foi pago o salário com acréscimo de 10% a mais de 18 mil professores de educação básica I”, explicou.

Ainda de acordo com a secretaria, “nenhum professor do Estado de São Paulo recebe menos que o piso nacional (R$ 2.298,80). O salário-base dos professores da rede estadual de ensino PEB II é R$ 2.415,89, ou seja, 5% superior ao piso nacional e acrescido de benefícios”.

“Reiteramos ainda que na região não há escolas paralisadas”, finalizou a nota encaminhada ao G1.

Professores aderiram à greve em Iepê — Foto: Rodrigo Costa Silva/Cedida

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