Os professores da rede estadual de ensino decidiram em assembleia nesta quarta-feira (4) manter a greve que já se estende por quase 30 dias. A categoria reivindica o pagamento do piso salarial e o fim do parcelamento dos vencimentos. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE-MG), o governo já acumulou e não repassou à categoria dois reajustes, um relativo a 2018 e outro a 2017. A paralisação começou no dia 8 de março.
Na manhã desta quarta-feira, os professores chegaram a bloquear a Rodovia Fernão Dias, em Igarapé, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Protesto parou tráfego na Rodovia Fernão Dias — Foto: Sind-UTE-MG/Divulgação
Segundo o sindicato, a adesão foi de 40% em todo o estado. Já a Secretaria de Estado de Educação informou que 8% das escolas apoiaram totalmente a greve.
O governo informou que está empenhado em cumprir o acordo assinado com a categoria em 2015.
O comunicado ainda disse que os reajustes salariais concedidos por esta gestão representam um aumento de 46,75% na remuneração dos professores e demais carreiras da rede estadual. Em janeiro de 2015, quando o governador Fernando Pimentel (PT) assumiu, os professores de educação básica recebiam um salário inicial de R$ 1.455,33. Hoje, a remuneração inicial do professor, para uma carga horária semanal de trabalho de 24 horas, é de R$ 2.135,64.
Em relação à correção dos salários segundo o índice de reajuste do piso nacional, o governo está impedido de enviar o projeto de lei à ALMG em virtude de ter ultrapassado o Limite Prudencial de gasto com pessoal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal.
Após a assembleia, realizada no bairro santo Agostinho, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, os trabalhadores seguiram em passeata até a Praça Afonso Arinos, no centro da cidade, para participar da manifestação em prol do presidente Lula.