Por EPTV 2 — Muzambinho, MG


A professora investigada pela Polícia Civil por supostas falas preconceituosas em sala de aula em uma escola estadual de Muzambinho (MG) foi afastada das atividades. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE). A polícia instaurou inquérito ainda na semana passada e segue com apurações.

  • 📲 Participe da nossa comunidade e receba no WhatsApp notícias do Sul de MG

Além do afastamento, a SRR destacou que a Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Poços de Caldas, responsável pela coordenação da escola, permanece acompanhando o caso.

“Todas as providências administrativas cabíveis já foram adotadas. A SRE enviou uma equipe de inspeção escolar até o local para oitivas com os envolvidos e elabora um relatório com a apuração preliminar ao Núcleo de Correição Administrativa (Nucad) da SEE para avaliação de medidas cabíveis que poderão ser tomadas”, disse a SEE em nota.

A secretaria pontuou, ainda, que, com a denúncia feita à Polícia Militar, a direção da escola tem colaborado para averiguação dos fatos no âmbito criminal.

Quantos às investigações, o delegado responsável pelo caso, Adnan Cassiano Grava, informou que esta semana mais alunos serão ouvidos e, posteriormente, outros professores. Ele disse acreditar que a professora preste depoimento até na próxima semana.

Polícia Civil abre inquérito para investigar falas preconceituosas de professora durante aula em MG — Foto: Reprodução EPTV

O caso

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar falas preconceituosas que uma professora fez em sala de aula em uma escola estadual de Muzambinho. Na manhã de 1º de setembro, pais e alunos se reuniram em frente à unidade para protestar.

Tudo aconteceu na Escola Estadual Professor Salatiel de Almeida. Segundo os alunos, essa situação acontece há um bom tempo. Em uma delas, alunos gravaram as falas da professora durante uma aula da disciplina de "Humanidades".

No áudio, ela fala de cor, raça, pessoas obesas e até deficientes.

"Hoje é muito modinha falar de racismo.. porque o prefeito feio, "entre aspas", vamos colocar assim? Não! Porque tudo que é bonito é exaltado. Cé tá entendendo? Tudo o que é bonito é exaltado", diz a professora.

E ela continua:

"Se fosse... A gente acha que é preconceito, por exemplo, gordo: gordura é feio. Tem pessoas mulatas que são bonitas, tem uns negros muito bonitos, mas você vai ver os 'traço' não ajuda, o cabelo não ajuda, entendeu? Então assim... 'cê' tem isso daí.. o deficiente, a pessoa que é deficiente, é bonito cê ver uma pessoa deficiente?", disse no trecho que circula nas redes sociais.

Esse vídeo foi gravado na última segunda-feira, dia 28 de agosto, durante uma aula de humanidades com alunos do Ensino Médio.

Segundo os alunos, essa realidade acontece já há algum tempo. Com toda essa situação, os alunos procuraram a Polícia Civil, que abriu um inquérito para apurar a história.

A Polícia Civil ressaltou que o caso é tratado com cautela, responsabilidade e sigilo até o fim dos procedimentos. Por enquanto, a professora não foi ouvida.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!