Secretaria de Educação afasta professora suspeita de injúria racial em Mogi Mirim
Uma professora de 65 anos que atua em uma escola estadual do bairro Residencial Floresta, em Mogi Mirim (SP), foi afastada pela Secretaria Estadual de Educação após uma suspeita de injúria racial. Segundo a Guarda Municipal, ela admitiu que chamou um aluno de 12 anos de "preto", mas disse que foi sem querer.
Após a injúria, estudantes se mobilizaram em um protesto e entoaram palavras de ordem como "racista" e "preconceituosa". Por conta da manifestação, a Guarda Municipal foi acionada.
Segundo a Guarda Municipal, o menino e os pais dele e a professora foram levados para delegacia, onde prestaram depoimento. Foi registrado um boletim de ocorrência como injúria racial.
Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou que ouviu o relato do estudante e encaminhou a situação para a Diretoria de Ensino (DE) de Mogi Mirim, que abriu uma apuração preliminar para a conclusão efetiva do caso e aplicação das medidas cabíveis.
"Durante o processo, a professora não terá contato com os estudantes", comunicou a pasta, que também confirmou à EPTV, afiliada da TV Globo, que ela foi afastada.
"A equipe do Conviva SP - Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar colocou à disposição do estudante a assistência do Programa Psicólogos na Educação, se autorizado por seus responsáveis", completou a secretaria.
Professora de 65 anos foi acusada de injúria racial em Mogi Mirim — Foto: Reprodução/EPTV
Combate ao racismo
A secretaria afirmou que repudia "repudia qualquer ato de racismo dentro ou fora do ambiente escolar" e defendeu que trabalha na formação de toda a rede com ações e orientações para combater casos de racismo.