“Depois de sofrer uma agressão como esta, a gente fica com certo trauma e medo de acontecer novamente. Quando a gente lida com criança tudo é responsabilidade do professor. Se de repente eu tivesse deixado esse aluno enfiar a caneta no pescoço do outro? E se ele falecesse? Eu quem seria responsabilizada, processada, porque era a única adulta em sala de aula e responsável pelos alunos”, comentou.

Segundo ela, a sala onde a briga aconteceu é formada por alunos de terceiro ano do ensino infantil, com 9 a 11 anos de idade. “A diferença é que são crianças com sérios problemas indisciplinares e outra parte por alunos especiais. São estudantes que já possuem defasagem de idade e de aprendizagem, boa parte não sabe ler e nem escrever. Só que assim, como eles são violentos e agressivos é muito difícil para professor, porque enquanto ele ministra aula, tem que estar separando briga o tempo inteiro”, acrescentou a professora.

A professora revelou que a turma tem comportamento violento e é comum os alunos se agredirem. "Às vezes acontece duas ou três agressões na sala ao mesmo tempo. A gente que é professor, mas precisa está todo tempo atento e eu tenho que correr para dar um jeito em cada um. Nesse último caso, eu vi o aluno com uma caneta para perfurar o pescoço do colega e coloquei a mão no meio. Foi neste momento que a caneta enfiou na minha mão e quase apareceu do outro lado”, relatou.

Em nota, a Secretaria Municipal de Educação informou que está acompanhando o caso e que a direção da escola negou que tivesse ocorrido agressão. A nota diz ainda que a professora se feriu de forma acidental ao separar uma discussão entre alunos.