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Prefeitura de SP interrompe ritmo de reabertura após aumento de casos, mas não vê piora na pandemia

Aulas presenciais dos ensinos infantil e médio não poderão ser retomadas ainda, anunciou o prefeito Bruno Covas
Escola Estadual Milton da Silva Rodrigues, na Zona Norte de São Paulo, voltou às aulas durante a pandemia Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo / 7-10-2020
Escola Estadual Milton da Silva Rodrigues, na Zona Norte de São Paulo, voltou às aulas durante a pandemia Foto: Edilson Dantas / Agência O Globo / 7-10-2020

SÃO PAULO - Apesar de defender a estabilidade da Covid-19 em São Paulo, o prefeito Bruno Covas anunciou, nesta quinta-feira, que as aulas dos ensinos infantil e fundamental não poderão ser retomadas no município. As aulas presenciais só estão autorizadas a alunos do ensino médio , com apenas 20% dos estudantes em sala de aula, desde 3 de novembro.

No início do mês, quando a prefeitura anunciou a volta presencial ao ensino médio, havia uma expectativa de retorno do infantil e do fundamental. No entanto, essa volta segue sem data definida.

— Por conta da estabilidade (do coronavírus) não é momento de ampliar a flexibilização. Então não vamos liberar a ampliação da educação na cidade. Não é o momento de ampliar a flexibilização, como também não há nenhuma necessidade de retroceder no que já foi feito — disse Covas, em coletiva de imprensa.

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As taxas de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em São Paulo vêm registrando um aumento nos últimos dias, assim como o número de casos suspeitos. No entanto, segundo a prefeitura, um dos principais dados para a não retomada das aulas presenciais é o censo sorológico realizado na comunidade escolar.

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Os dados divulgados nesta quinta-feira mostram que dos 40.491 alunos testados até 16 de novembro, 22,7% apresentaram anticorpos para o coronavírus. Entre os 95.520 profissionais de saúde, 20% deram positivo.

—  70% das crianças e jovens são completamente assintomáticas. Por outro lado, há baixa prevalência nos professores. A decisão de não voltar às aulas não é só proteção à criança, mas a um grupo de risco formado pelos professores —  defendeu o Edson Aparecido, secretário Municipal de Saúde.

Segundo a prefeitura, a próxima fase do censo, iniciada em 11 de novembro, começou a testar 332.834 alunos e professores da rede municipal. A terceira fase, ainda sem data definida, vai testar 245.297 pessoas das EMEIs e creches.