Por Bom Dia SP e G1 SP — São Paulo


Alunos do terceiro ano do ensino médio encerram ano letivo sem formatura

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A Prefeitura de São Paulo prevê o retorno das aulas presenciais na cidade a partir do dia 4 de fevereiro com o rodízio dos estudantes, segundo informou nesta quarta-feira (23) o secretário municipal de Educação, Bruno Caetano.

“Nossa expectativa é que as aulas retomem na rede pública municipal de forma presencial no dia 4 de fevereiro. Vamos aguardar orientação da saúde municipal”, disse o secretário em entrevista ao Bom Dia SP (23).

Devido à pandemia de Covid-19, as aulas regulares presenciais estavam suspensas desde março, quando foi implantada a quarentena para prevenir a propagação do coronavírus. No estado, o governo autorizou o retorno em outubro, mas deu às prefeituras autonomia para decidir se deveria ou não liberar a volta.

Na capital paulista, somente alunos do Ensino Médio foram autorizados a retomar. Para o ensino infantil e fundamental, a gestão de Bruno Covas (PSDB) permitiu a reabertura apenas para aulas extracurriculares.

Na semana passada, o governo de SP mudou as regras e incluiu a educação básica na lista de serviços essenciais, o que permite que as escolas passem a funcionar mesmo se o estado registrar piora na pandemia. Atualmente, as escolas só podem reabrir em regiões que estão na fase amarela do plano de flexibilização.

Sobre o retorno em 2021 na cidade, Caetano disse que será gradativo e mantendo os protocolos da vigilância sanitária.

“Não será a escola tradicional, como nós estamos acostumados. Vamos ter aí distanciamento, uso de máscara, álcool gel e provavelmente rodízio de alunos durante alguns dias”, explicou o secretário de Educação. “Até que a gente tenha um quadro bastante seguro para as famílias", completou Caetano.

O aval ainda depende da área de saúde da gestão municipal.

"Eu tenho muita esperança de que essa autorização finalmente acontecerá para o dia 4 de fevereiro", falou Bruno.

VOLTA ÀS AULAS EM SP: Alunos fazem atividade física com distanciamento na Escola Estadual Thomaz Rodrigues Alckmin, no bairro do Itaim Paulista, na Zona Leste da cidade de São Paulo, na manhã desta quarta-feira (7) — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Segundo o secretário defendeu a importância do ensino presencial. “Nada substitui o contato presencial dos nossos educadores. Por isso, que é muito importante que a gente volte o mais rápido possível.”

De acordo com o secretário, a pasta da Educação tem feito reuniões com os professores para tratar do possível retorno às aulas presenciais.

“Os protocolos de segurança e saúde foram elaborados em conjunto com os educadores”, declarou Bruno. “Nós temos uma quantidade de professores adequada para retornar. Os professores que são do chamado grupo de risco, esses não retornarão no início.”

No início deste mês, pais de alunos entraram na Justiça para exigir a volta às aulas presenciais na rede municipal de ensino de São Paulo.

Pais vão à Justiça pedir o retorno das aulas presenciais na capital paulista

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Aulas virtuais

Sobre as aulas virtuais, o secretário comentou que elas serão aperfeiçoadas em 2021. “A partir do ano que vem a prefeitura vai oferecer muito mais condição desse ensino à distância acontecer de forma mais eficiente e adequada”, prometeu Bruno.

“Os primeiros 10 mil [tablets] já chegaram com acesso à internet”, afirmou o secretário a respeito dos 465 mil tablets prometidos pela gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) para os alunos da rede municipal durante a pandemia.

Segundo Bruno, os alunos não perderão conteúdo de ensino em meio à quarentena. “O que diz respeito à recuperação das aprendizagens, o prefeito Bruno Covas determinou que todos os estudantes da rede pública municipal estudem em tempo integral a partir de 2021”, falou o secretário.

Creches

Bruno ainda disse que irá ampliar o número de vagas em creches e educação infantil na capital. “Reforçamos a nossa quantidade de vagas no ensino infantil. Aumentamos muito o número de vagas em creche, na pré-escola”.

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou com ação na Justiça contra o prefeito de São Paulo por suposta contratação irregular de profissionais de engenharia e arquitetura terceirizados para a vistoria de imóveis usados por creches credenciadas pela Secretaria Municipal da Educação na cidade.

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