Por SP1 e g1 SP — São Paulo


Dia Internacional contra a LGBTfobia tem programação na Capital

Dia Internacional contra a LGBTfobia tem programação na Capital

Nesta terça-feira (17), quando se comemora o Dia Internacional de Luta Contra a Lgbtfobia, a Prefeitura de São Paulo lançou uma campanha pela inclusão: um censo da população LGBTQIA+.

O estado de São Paulo é o que mais mata lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e pessoas intersexo em todo o país. Em 2021, pelo quarto ano consecutivo, o estado registrou essa marca, de acordo com um dossiê feito pelo Observatório de Mortes e Violências contra LGBTIA+ no Brasil, que compilou os dados de mortes violentas dessa população.

Foram 42 mortes violentas no ano passado. Em 2020, 36. E em 2019, 50. A cidade de São Paulo é a que mais mata também. Foram 13 registros na capital em 2021, ante 10 em 2020 e, em 2019, 11.

Por causa da violência crescente, a prefeitura está lançando um censo da população LGBTQIA+. A Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania vai promover mutirões de preenchimento de cadastros para saber o tamanho dessa população e qual a direção das políticas públicas.

O Programa Transcidadania vai ser ampliado com 660 vagas por turma, para ampliar o tempo escolar de quem não completou os estudos do ciclo fundamental ou médio. A bolsa mensal é de R$ 1.276.

O Programa Respeito vai proporcionar o registro gratuito no cartório do nome social na documentação, de acordo com Fê Maidel, coordenadora do Transcidadania.

“O cadastro municipal LGBTI, o que é isso? Nós percebemos que precisamos de dados confiáveis para criar políticas púbicas confiáveis, e os dados que a gente tem hoje são muito disparatados, são muito achismo. Uma vez que o censo não consegue prover esses dados para a gente, a prefeitura decidiu investir nessa ideia de cadastrar as pessoas que se autodominam LGBTI e cadastrar essas pessoas de forma inicial e então criar políticas púbicas baseadas às necessidades que essas pessoas declaram”, afirma.

“Esses dados vão dando um perfil mais ou menos fidedigno da população para a gente fazer uma política pública de qualidade", completa Maidel.

O coordenador de políticas para LGBTQI+, Cássio Rodrigo, acredita na importância da população se cadastrar para traçar um perfil dela e, a partir daí, investir em novas políticas públicas para essa população.

“O cadastro é importante porque com esses dados, com esse perfil sociodemográfico da população paulistana, nós podemos melhorar, ampliar e corrigir as políticas púbicas que a gente tem hoje no município de São Paulo. Ele nos vai traçar um perfil dessa comunidade. A gente vai saber questões de ordem geracional, comunidade, moradia. Por quê? Porque às vezes eu preciso ter um equipamento a mais nessas regiões.”

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