Política

Por mais recursos na saúde, Guedes defende prorrogação do Fundeb sem mudança de regras

O ministro disse que sem aumento no fundo, mais recursos poderiam ser direcionados para a saúde
Ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS
Ministro da Economia, Paulo Guedes Foto: ADRIANO MACHADO / REUTERS

BRASÍLIA - O ministro da Economia, Paulo Guedes , defendeu neste domingo a prorrogação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) com as regras atuais. Segundo ele, a decisão aumentaria os recursos disponíveis para a saúde.

Compartilhe por WhatsApp: clique aqui e acesse um guia completo sobre o coronavírus

— Podíamos excepcionalmente renovar o Fundeb exatamente como ele é hoje por dois ou três anos para que todo o dinheiro excedente possa ser mandado para a saúde — afirmou.

O fundo é composto pelos impostos de estados e municípios e, atualmente, a União arca com 10% do montante para complementar o valor destinado a estados que não alcançam um valor mínimo por aluno. O Fundeb corresponde a 63% de todo o recurso da educação básica pública no Brasil e sua vigência termina em 2020.

Leia: Parlamentares e gestores temem impacto da crise do coronavírus na aprovação do novo Fundeb

A discussão sobre a reformulação do fundo está travada na Câmara por uma discordância entre parlamentares e o governo sobre a fatia que a União deverá direcionar ao fundo. A última proposta da relatora do projeto, deputada Professora Dorinha Seabra (DEM-TO), foi de um aumento de 10% para 20% a complementação da União. O governo resiste em aumentar o valor e argumenta que não tem os recursos necessários.

O ministro participou de uma videoconferência com prefeitos da Confederação Nacional de Municípios (CMN). O presidente da CMN, Glademir Aroldi, concordou com Guedes e disse que a proposta precisava de mais tempo para ser discutida.

Serviço : O GLOBO lança robô que tira dúvidas e desmente boatos sobre coronavírus

— Estamos de acordo na prorrogação do Fundeb, nós já protocolamos para um ano, dá pra gente protocolar por no mínimo dois anos, porque precisamos de tempo para poder discutir essa matéria, ela é muito complexa - afirmou.