Por Sílvia Vieira*, g1 Santarém e Região — PA


Sargento PM Glauber Mota orientando profissionais da educação sobre medidas que devem ser adotadas em relação a atos infracionais de alunos — Foto: Ronnie Dantas / Ascom Semed

Uma reunião na Secretaria Municipal de Educação (Semed) em Santarém, oeste do Pará, nesta quinta-feira (20) foi realizada com o objetivo de alinhar procedimentos que devem ser adotados pelas unidades escolares sempre que houver registro de ato infracional no ambiente escolar.

A reunião foi solicitada pelo Policiamento Comunitários Escolar devido ao registro de casos de tráfico e aliciamento de menores para o tráfico de drogas em escolas de Santarém, e reuniu gestores de unidades da rede municipal de educação.

“O objetivo dessa reunião com os coordenadores da Semed é orientar que os atos infracionais que estão sendo praticados dentro do ambiente escolar precisam ser registrados na delegacia. O adolescente que pratica atos que para o adulto são crimes, vai responder por ato infracional na forma da lei. E a lei diz que esse adolescente vai sofrer uma medida socioeducativa, enquanto a criança recebe medida protetiva. Precisamos esclarecer esses procedimentos devido muita situação de tráfico e aliciamento que temos observado”, disse sargento PM Glauber Mota.

Em geral, o policiamento comunitário escolar é acionado sempre que um caso de violência, ameaça ou envolvendo drogas é registrado nas escolas de Santarém. O policiamento realiza também um trabalho educativo com palestras não só para estudantes, como também para os pais e responsáveis para que eles saibam como agir quando se depararem com uma situação de risco iminente aos seus filhos, principalmente em se tratando de tráfico de drogas.

Educadores puderam esclarecer dúvidas e expor situações que já presenciaram nas escolas onde atuam — Foto: Ronnie Dantas / Ascom Semed

“É preciso que também as famílias fiquem atentas, que não deixem que esse adolescente ache que o crime compensa, porque não compensa. Ele precisa compreender que o ato infracional tem consequência. E se o adolescente está cometendo atos que não condizem com a sua idade, o problema muitas vezes está na família que deixa de cuidar dos seus filhos e deixa o celular criar esses adolescentes”, pontuou sargento Glauber.

Durante o encontro, gestores de instituições de ensino puderam tirar dúvidas e também expor situações que aconteceram nas escolas onde atuam.

*colaborou Alcindo Lima, da Rádio 94 FM

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