Poder Ultrajovem

Acha a juventude perdida e parada? Então, você não conhece os 4 Jovens Causadores finalistas do Prêmio Ecoa

Lígia Nogueira Colaboração para Ecoa, em São Paulo (SP) Arte/ UOL

Seja por meio da política, da arte ou até dos memes, quatro jovens de diferentes regiões do Brasil desenvolveram iniciativas que fazem nosso país um lugar melhor. Por seu impacto significativo na comunidade, eles são os finalistas da categoria Jovens Causadores do 2º Prêmio Ecoa. O Prêmio Ecoa é dividido em sete categorias: Causadores, Jovens Causadores, Iniciativas que Inspiram, Empresas que Mudam, Negócios que Impactam, Fizeram História e Vozes que Ecoam.

Funk é literatura? Para o morador do bairro da Compensa, em Manaus (AM), Dayrel Teixeira, 23, é sim! Dayrel une funk e livros em seu famoso perfil Funkeiros Cults. Dayrel também organiza excursões da molecada da sua quebrada para museus e ajudou, por meio do futebol, a pacificar seu bairro, marcado por conflitos de facções.

Conflitos também deram origem à vontade de transformar de Vitória Rodrigues. Cria da Pavuna, no Rio de Janeiro, a estudante, de 18 anos, cansou de perder aula por causa dos tiroteios nos arredores da sua escola. Pensando nisso, criou um projeto de lei para a prevenção da violência urbana nas escolas e liderou um clube da ONU que luta pelo direito das mulheres.

Assim como ela, o estudante de ciências sociais Junior Manchineri, 22, também acredita na transformação por meio da política e se tornou, em 2022, o candidato indígena mais jovem do Brasil. Junior faz parte de uma família de luta: seus pais se conheceram no velório do ambientalista Chico Mendes e os avós lutaram pela demarcação de terras indígenas no Acre.

Beatriz Lacerda, 19, se organizou para ouvir as reivindicações de outros jovens insatisfeitos com o sistema de ensino na periferia de Belém (PA). Inspirada em "AmarElo", de Emicida, ela criou rodas de conversa entre os estudantes para falar sobre equidade e, hoje, usa a arte para debater questões relativas à Amazônia.

Quer conhecer mais sobre cada um dos quatro finalistas? Leia a seguir.

Arte/ UOL
  • Vitória Rodrigues

    A estudante, hoje com 18 anos, viu suas notas caírem ao ingressar na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), no Rio de Janeiro. "Eu tinha parado de tirar notas 10 porque estava afetada psicologicamente por causa da violência", diz. Por incentivo do amigo Tiago Lopes Marques, com quem mais tarde fundaria o Ini.se.ativa, desenvolveu um projeto que instituiu o Programa de Redução dos Impactos da Violência Urbana nas Escolas, e foi aceita entre os 78 selecionados para o Parlamento Jovem Brasileiro, um programa da Câmara dos Deputados que procura estimular estudantes a se engajarem na política.

    Imagem: Lucas Seixas/ UOL
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  • Junior Manchineri

    Neto e filho de lideranças do movimento indígena acreano e nacional, o estudante de ciências sociais e militante do movimento estudantil de 22 anos se tornou o candidato indígena mais jovem do Brasil nas eleições de 2022. Ele acredita que essa é uma forma de levar adiante o legado familiar e mostrar para a juventude que ela é capaz. "É preciso que os jovens ocupem os espaços", diz Junior, que passou a infância visitando quase todas as aldeias do Acre ao lado dos pais e desenvolveu a boa relação que mantém com as lideranças indígenas até hoje.

    Imagem: Odair Leal/UOL
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  • Beatriz Lacerda

    Criada em uma família de professores e "fazedores de cultura", a jovem de 19 anos se organizou para ouvir as reinvindicações de outros estudantes do ensino médio insatisfeitos com a educação dos adolescentes na periferia de Belém (PA). Inspirada no álbum "AmarElo", do rapper paulistano Emicida, ela criou rodas de conversa entre os alunos de diversas escolas para falar sobre equidade. "Hoje sou Jovem Transformadora Ashoka, estudante de ciências sociais na Universidade Federal do Pará, e minha meta como artivista é mostrar as diferentes amazônias para quem não é daqui", afirma Beatriz, que também realiza trabalhos artísticos como Afro Amazônida.

    Imagem: Nay Jinknss/UOL
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  • Dayrel Teixeira

    Foi por meio de uma obra do escritor Augusto dos Anjos que o criador do perfil Funkeiros Cults entrou em contato com a literatura pela primeira vez. Passou a pesquisar cada vez mais sobre livros e cinema para ampliar o olhar que tinha sobre a periferia de Manaus (AM), onde mora, e decidiu levar as crianças da comunidade para visitar o Museu da Amazônia (MUSA). Ao unir a estética da periferia com o pensamento de escritores famosos em memes que viralizam desde 2019, ele chama a atenção para as barreiras enfrentadas por quem gosta de funk. "O meme é a forma mais rápida de a gente chegar nos jovens. Meu trabalho ajuda a quebrar o preconceito de que funkeiro não lê."

    Imagem: Bruno Kelly/ UOL
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