Relatório apresenta perfil de jovens em unidades de internação masculinas em Alagoas — Foto: DPE-AL
Um relatório divulgado nesta quinta-feira (16) pela Defensoria Pública de Alagoas (DPE-AL) revela o perfil de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em unidades de internação masculinas no estado.
A pesquisa foi desenvolvida entre julho e novembro de 2022. Nesse período, 166 jovens com idades entre 14 e 20 anos estavam internados.
Segundo o levantamento, 76% dos adolescentes são réus primários, 20% tiveram outras passagens por unidades de internação e 4% possuem outros processos.
O relatório mostra também que 72% não possuem ensino fundamental completo e outros 26% não concluíram o ensino médio.
Dos jovens apreendidos, aproximadamente 60% tinham entre 17 e 18 anos. Em relação ao local de nascimento, 30% eram naturais de Maceió.
Quanto à etnia, 65% dos jovens infratores se autodeclaram pardos e 15,5% negros. Outros 16% são brancos e 3%, indígenas.
De acordo com a DPE-AL, os motivos das internações foram:
- 32% por atos infracionais equiparáveis a homicídio
- 31% por atos infracionais equiparáveis a roubo
- 24% por atos infracionais equiparáveis a tráfico
- 13% por atos infracionais equiparáveis a furto, estupro, latrocínio e outros
A pesquisa foi realizada pelo Núcleo da Infância e Juventude da DPE-AL com a colaboração da Secretaria Estadual de Prevenção à Violência (SEPREV).
Segundo a DPE-AL, o relatório tem o objetivo de contribuir com o desenvolvimento de políticas públicas voltadas para a redução das estatísticas de atos infracionais em Alagoas.
O documento foi encaminhado à Superintendência de Medidas Socioeducativas do Estado de Alagoas (Sumese) e à 1ª Vara Criminal da Capital - Infância e Juventude.