Por Iana Caramori, g1 DF


Estudantes de escola pública do Distrito Federal, em imagem de arquivo — Foto: Mary Leal/Secretaria de Educação

Ondas de violência em instituições de ensino em todo o país reavivaram a discussão sobre quais medidas são necessárias para a garantia de um ambiente escolar seguro. O GDF anunciou reuniões com diretores, protocolos de segurança e reforço no policiamento do batalhão escolar em busca dessa solução.

O g1 conversou com a secretária de Educação do Distrito Federal, Hélvia Paranaguá, sobre o papel das escolas e do governo, além da importância da família não criar insegurança nas crianças (veja detalhes abaixo). Para ela, "o trabalho pela paz nas escolas deve começar em casa."

"As famílias precisam se envolver nesse processo. É um trabalho que precisa ser feito em conjunto com toda a sociedade. Os pais devem checar a mochila dos filhos, o celular, e, junto com a comunidade escolar, trabalhar por uma clima de segurança e paz nas unidades escolares", afirma a secretária de Educação.

Hélvia Paranaguá aponta que, ao longo do tempo, os educadores acabaram assumindo a educação moral e valorativa, papel esse que seria dos pais.

Acalmar os ânimos

Ao g1, a secretária de Educação do DF afirma que acredita ser necessário manter a calma, diante do momento delicado.

"É imprescindível dizer que neste momento se faz necessário acalmar os ânimos e confiar nas instituições e nos órgãos de segurança pública, que sempre trabalham para garantir a segurança das nossas escolas", diz Paranaguá.

A chefe da pasta pede aos pais que não deixem de mandar as crianças para as instituições de ensino e que não passem insegurança para os pequenos. "A criança precisa estar em um ambiente de socialização e aprendizagem. A criança precisa se sentir tranquila e essa tranquilidade envolve tanto a comunidade escolar como a família."

LEIA TAMBÉM:

Mudanças no ambiente

O governo federal discute a adoção de diversas medidas de segurança contra casos de violência em instituições de ensino: rondas policiais, catracas, detectores de metal na porta e até aplicativo de celular com botão de pânico.

Hélvia Paranaguá afirma que essas são adequações que as escolas precisam fazer à medida que as necessidades da sociedade se transformam. Questionada pela reportagem se essas medidas não tornam o ambiente hostil, a secretária nega.

"Não há hostilidade. A exemplo dos bancos, ninguém entra no banco achando que ali é um ambiente hostil só por conta de um porta com detector de metais. As pessoas simplesmente entram, pois isso já faz parte do nosso dia a dia, é uma medida de segurança", declara.

Sobre quais medidas serão adotadas nas instituições públicas de ensino do DF, Paranaguá afirma que as possibilidades ainda estão em avaliação "para que nossos alunos e professores e toda a comunidade escolar se sintam seguros".

Leia mais notícias sobre a região no g1 DF.

Veja também

Mais lidas

Mais do G1
Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!