Por Grupo Marista

A escola é o espaço mais importante de desenvolvimento social e intelectual desde a infância até a juventude. Para garantir a qualidade desse processo, a escolha da instituição de ensino que vai acompanhar o aluno em todas essas etapas é fundamental. Neste contexto, a participação da família se torna, também, muito significativa.

Uma pesquisa do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) apontou que alunos que tiveram os pais bastante presentes na vida escolar tiveram desempenho melhor. A diferença foi avaliada pela média na disciplina de ciências e chegou a 414 pontos para alunos com acompanhamento familiar, enquanto a média alcançada pelos estudantes com menos influência da família na escola foi de 357 pontos. Os dados foram coletados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Especialistas defendem que família e escola devem estar sempre juntas. Para Evelise Maria Labatut Portilho, pedagoga, professora e coordenadora do curso de Psicopedagogia da PUCPR, do Grupo Marista, essa relação é indispensável. “A maneira como a família entende o valor da escola, o valor do professor, o valor da aprendizagem, é fundamental pra que as crianças e os jovens percebam por que eles vão para a escola”, diz.

Em uma sociedade cada vez mais plural, o conceito de família se tornou mais abrangente. O modelo tradicional (mãe, pai e crianças) que, em 1995, correspondia a cerca de 58% das famílias brasileiras, 10 anos depois passou para 42%, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). No Grupo Marista, um dos valores é o respeito e o acolhimento à diversidade familiar. Isso inclui, por exemplo, avós, tios, irmãos, mães e pais solo.

Pais enaltecem relações de confiança com instituições escolares

Para a maioria dos pais, a escolha da instituição de ensino que vai fazer parte da vida do filho por anos é muito importante e, por isso, precisa ser feita com cuidado. Muitas famílias apostam nas tradições para garantir a qualidade do ambiente escolar dos filhos.

Fernanda Puppi tem dois filhos e estudou a vida inteira no Colégio Marista Paranaense, assim como o pai dela. Ela decidiu que os filhos deveriam seguir o caminho no mesmo ambiente escolar que já conhecia e confiava. “Tenho muita história daquela época, muita coisa boa. Tenho muito do Marista na minha formação, gosto dos valores maristas e por isso quis colocar meus filhos lá”, conta. A filha mais nova, de 19 anos, continua no mesmo grupo até hoje: escolheu a PUCPR para fazer o curso de graduação em Marketing.

Para Fernanda, essa relação duradoura faz diferença na vida dos filhos e na dela também. Até hoje, tem contato com ex-colegas e professores da época escolar. “A gente brinca que somos ‘maristinhas’. Tenho muitos amigos daquela época. Não é à toa que confiei a educação de meus filhos, porque minha experiência foi muito boa”, conta.

Andressa Iwankiw da Veiga também escolheu fortalecer os vínculos com a instituição de ensino que teve contato desde criança. Ela estudou no Colégio Marista Santa Maria, em Curitiba e o filho pequeno – que começou a vida escolar recentemente – também está em um colégio do Grupo Marista, o Anjo da Guarda. Andressa conta que essa é uma tradição de família, porque o avô estudou na mesma escola que ela. Por isso, decidiu deixar esse legado para o filho. “Até hoje as grandes amigas que eu tenho são dessa época da escola. São amizades que começaram desde cedo e é algo que eu queria para o meu filho: fazer amigos que vão durar a vida toda”, diz.

O vínculo duradouro foi essencial na escolha de Andressa em relação à educação e vivência social do filho. “Vi que o diretor da escola dele era o meu professor de matemática da infância. Isso me passou uma tranquilidade tão grande. Guardar essas lembranças que eu tinha com tanto carinho e pensar que meu filho poderia vivenciar isso também foi decisivo”.

Vínculos duradouros com instituições ajudam no desenvolvimento

A psicopedagoga Evelise Maria Labatut Portilho acredita que o vínculo da família e do aluno com a instituição faz diferença para o processo de aprendizagem. “É muito importante a família entender os valores que estão presentes desde sempre nessa instituição, para saber se ela concorda isso, com a maneira que a escola trabalha, a forma como escolhe a sua metodologia e os profissionais”.

Ela explica que a família e a escola têm papéis complementares na educação dos alunos. A instituição trabalha para que o estudante possa aprender de forma planejada, em relação ao conteúdo, ao ambiente e ao projeto institucional pedagógico. Já a família tem responsabilidade por outro tipo de aprendizagem: a da vida, a social, da pessoa em si. “É importante entender o que cabe a cada uma. Vão ter momentos em que a escola vai precisar mais da família e momentos em que a família vai precisar mais da escola”, diz Evelise.

Fernanda, ex-aluna e mãe de estudantes Marista, acredita que a união familiar dentro da escola influenciou muito na formação dela e dos filhos. “Esse convite que a escola sempre fez para estar dentro da instituição foi muito importante. Os alunos viam os pais lá dentro e nos sentíamos fazendo parte da escola”, conta.

Especialistas reforçam que, quanto mais envolvidos os pais estiverem com a escola, a tendência é de que os filhos participem mais ativamente das atividades propostas em sala de aula. Isso reflete positivamente em diversos aspectos, como o rendimento escolar, a convivência social, a proximidade familiar e o relacionamento com os professores. “Quanto mais a gente falar a mesma língua e estivermos presentes juntos, quem ganha é sempre criança, é sempre o jovem”, finaliza a psicopedagoga Evelise.

Grupo Marista

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