Por Sistema Fiep

Uma geração que já nasceu conectada. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o uso de internet por crianças com 10 anos ou mais chegou a 79% - isso foi em 2019, antes da pandemia. Embora essa seja a pesquisa mais recente sobre o assunto, a última década foi marcada por uma verdadeira revolução em sala de aula: educar esses nativos digitais. “Ao longo dos anos, o avanço das tecnologias e o uso excessivo de telas desde cedo pelas crianças fez com que o sistema educacional precisasse parar, refletir e ressignificar seu papel. Os indivíduos dessa geração precisam olhar o processo de ensino aprendizagem com sentido e propósito”, explica Jacielle Feltrin Vila Verde Ribeiro, gerente de Educação e Negócio do Sistema Fiep.

A resposta para o anseio de propiciar uma educação focada em protagonismo está na metodologia STEAM. Criada na década de 90, nos Estados Unidos, a metodologia integra conhecimentos de Artes, Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática e é um modelo aberto de ensino. O objetivo é desenvolver as soft skills dos alunos, habilidades comportamentais cada vez mais importantes no mercado de trabalho. “O STEAM alia diversas abordagens e recursos tecnológicos e didáticos, desenvolvendo competências e habilidades cognitivas e relacionais, trazendo uma experiência de sala de aula muito mais atrativa”, complementa Jacielle. Uma pesquisa mundial realizada pela Page Group, multinacional de recrutamento, revela quais são as competências mais buscadas pelos empregadores no Brasil: inteligência emocional (42,9%), trabalho em equipe (38,4%) e comunicação assertiva (31,1%).

Metodologia STEAM na prática

Um fator decisivo para a inserção do STEAM nas salas de aula foi a mudança da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), instituída pela Resolução CNE/CP nº 4, de 17 de dezembro de 2018. O texto aprovado pelo Ministério da Educação estabelece “conhecimentos, competências e habilidades que se espera que todos os estudantes desenvolvam ao longo da escolaridade básica”. As escolas passaram a ter autonomia para estabelecer itinerários formativos próprios, direcionando os alunos para suas áreas de maior afinidade. Essa jornada já faz parte do dia a dia dos Colégios Sesi da Indústria: “Desde 2005 utilizamos as Oficinas de Aprendizagem. Os alunos são provocados ao final de cada trimestre a responder ao desafio dessas oficinas, que se baseiam na inter e transdisciplinaridade”, destaca a gerente de Educação e Negócio.

A equipe pedagógica dos Colégios Sesi, juntamente com os docentes, estrutura as próximas Oficinas de Aprendizagem com as competências e habilidades a serem desenvolvidas pelo aluno a cada trimestre. Durante o ano letivo, os professores promovem atividades interdisciplinares para auxiliar os alunos no processo. Todas as disciplinas precisam, em algum momento e de modo transdisciplinar, ressignificar o objetivo da oficina, com atividades individuais, em equipe e coletivas, utilizando abordagens da metodologia ativa.

Evoluções

Os Colégios Sesi da Indústria promoveram diversas transformações a partir das Oficinas de Aprendizagem, como a configuração da trilha #fabricandoofuturo, em que professores e alunos desenvolvem conhecimentos específicos de setores industriais paranaenses. Ao longo das aulas, são exploradas as características de uma indústria no contexto paranaense – potencial produtivo, gestão, execução – e a empresa é convidada para um bate-papo na escola. Divididos em equipes, os alunos escolhem desafios baseados nas demandas dos negócios, criam soluções e apresentam as propostas diretamente para os empresários. “É um processo bem didático, que não muda só a visão do aluno com relação a indústria, mas também como a indústria enxerga a educação básica, com alunos capazes de modo criativo, encontrar soluções, simples, inovadores e sustentáveis, e que podem ser aplicados”, diz Jacielle.

A experiência na aplicação de metodologias ativas levou os Colégios Sesi do Paraná para um voo mais alto: no início de agosto, o Sistema Fiep inaugurou a 1ª. Escola Sesi de Referência da Indústria do Brasil. A unidade fica em São José dos Pinhais, que concentra parte do complexo industrial da Região Metropolitana de Curitiba (RMC). “A escola foi planejada para atender as demandas do aprendizado STEAM alinhadas com o Novo Ensino Médio, pois entende-se que o aprendizado é muito mais significativo e enriquecedor se aproximarmos os alunos dos desafios reais da nossa indústria”, explica Paula Mendes, coordenadora de Educação da Escola Sesi de Referência.

— Foto: Gelson Bampi

O espaço tem capacidade para atender 1.092 alunos do Ensino Médio e salas de aulas planejadas por área de conhecimento, com materiais didáticos e equipamentos específicos e diferenciados, tais como literaturas, instrumentos musicais, jogos matemáticos, microscópios, impressoras 3D e máquinas de corte a laser. Nas disciplinas da área da Natureza (Química, Física e Biologia), as aulas práticas e teóricas acontecem em um mesmo ambiente. “Esses ambientes temáticos contribuem de forma enriquecedora e lúdica para o efetivo aprendizado do aluno”, pontua a coordenadora. “O aluno é preparado para chegar ao ensino superior com um diferencial competitivo significativo, visto a aplicação da metodologia vivenciada no ensino médio”, finaliza Paula Mendes.

O Sistema Fiep planeja implantar, em 2023, a segunda Escola Sesi de Referência da Indústria no Paraná. Todas as escolas fazem parte de um projeto que prevê a implantação de 40 escolas nesse modelo em todo o país. A previsão é que as matrículas para a unidade de São José dos Pinhais iniciem em setembro. Os interessados em conhecer a estrutura e a metodologia devem entrar em contato pelo telefone 41- 2104-6858.

Clique aqui e saiba mais sobre os Colégios Sesi da Indústria.

Sistema Fiep

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