Por G1 Piracicaba e Região


Escola Estadual Barão de Rio Branco em Piracicaba — Foto: Carol Giantomaso / G1

A paralisação dos professores da rede estadual de ensino de São Paulo, iniciada nesta terça-feira (28), teve 35% de adesão entre as escolas da região de Piracicaba (SP), segundo informações da Associação de Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp). Já a Secretaria Estadual da Educação afirma que apenas 6% dos professores faltaram nessa terça-feira.

A Apeoesp afirma que, das 68 unidades da subsede da Associação de Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), 24 unidades interromperam as atividades no período da manhã e tarde do primeiro dia de movimento.

A Secretaria da Educação afirmou que faltas não justificadas nesses dias serão descontadas dos salários dos docentes.

O reajuste de 22,07% para repor as perdas salariais desde 2014 e a retirada do projeto de Reforma da Previdência do Congresso Nacional integram reivindicações da categoria, segundo a presidente da Associação de Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo, Maria Izabel Noronha.

Segundo a Apeoesp, em Piracicaba, quatro escolas em Piracicaba e uma em São Pedro tiveram 100% de adesão à paralisação. "A expectativa da categoria é que esse número aumente. Esse é o primeiro dia do movimento", disse a entidade.

"Lutamos pela valorização dos professores, pela aplicação da meta 17, do Plano Estadual de Educação; pelo currículo máximo e qualidade no ensino médio e contra a retirada de disciplinas; lutamos pela garantia de direitos a todos os professores, efetivos e temporários e contra a superlotação das salas de aula e a violência aos professores", disse a presidente da Apeoesp.

A Associação de Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo não divulgou relação detalhada das escolas que não tiveram aulas. A subsede da Apeoesp abrange unidades de Águas de São Pedro (SP), Capivari (SP), Charqueada (SP), Mombuca (SP), Rafard (SP), Rio das Pedras (SP), Saltinho (SP), Santa Maria da Serra (SP), São Pedro (SP) e Tietê (SP).

No Centro de Piracicaba, a Escola Estadual Barão do Rio Branco, teve as atividades parcialmente paralisadas. No bairro Morumbi, docentes da Escola Estadual João Guidotti também aderiram ao movimento.

“Continuaremos lutando contra uma reforma que penaliza a classe trabalhadora sob a alegação de um inexistente rombo no sistema previdenciário brasileiro. Nossa mobilização não para. Não vamos permitir que o Governo Estadual tente reproduzir aqui, o que Temer pretendia fazer em âmbito federal. Continuaremos a defender nossos direitos previdenciários, com a mesma garra que demonstramos até aqui.” afirmou a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Noronha.

Os professores se reunirão na próxima sexta-feira (31) no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), em São Paulo, para realizar uma assembleia que irá avaliar a continuidade do movimento.

Sede da Apeoesp em Piracicaba — Foto: Carol Giantomaso/G1

Secretaria da Educação

A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo informou ao G1, em nota, que mantém uma mesa de negociação aberta com os sindicatos da categoria, com interlocução direta do secretário José Renato Nalini.

"A Pasta acredita no compromisso dos professores com os estudantes e com a educação. Se houver conteúdo perdido por alunos devido à ausência de docentes, ele será reposto e faltas não justificadas pelos profissionais serão descontadas", afirmou no documento enviado ao G1 na manhã desta terça-feira (28).

A Secretaria da Educação disse que pagará os professores e servidores o bônus por mérito no valor de R$ 290 milhões. "No último dia 7 de março, já foi pago o salário com acréscimo de 10% a mais de 18 mil professores de Educação Básica 1", ressaltou.

A Pasta disse que paga salário acima do piso nacional. "Nenhum professor do estado de São Paulo recebe menos que o piso nacional, de R$ 2.298,80. O salário-base dos professores da rede estadual de ensino PEB 2 é R$ 2.415,89, ou seja, 5% superior ao piso nacional e acrescido de benefícios", completou.

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