Como as redes de educação podem se organizar para o ano de 2021, de forma a garantir o desenvolvimento integral e as aprendizagens de crianças e adolescentes? Este foi o tema central do debate promovido pela campanha #ReviravoltaDaEscola em 9 de dezembro, que contou com a participação de especialistas em assuntos como gestão de recursos, busca ativa e infraestrutura escolar.

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Para Daniella Rocha, consultora do UNICEF Brasil – Busca Ativa Escolar, o primeiro e principal foco da atuação das redes deve ser o de identificar e enfrentar as vulnerabilidades que foram expandidas a partir da pandemia, como o trabalho infantil, a violência doméstica, as questões de saúde mental e os estudantes que estão em risco de abandonar a escola ou que efetivamente evadiram. “Planejar ações de Busca Ativa Escolar pode ser potente para o próximo ciclo”, diz. 

As redes municipais vivem, ainda, o desafio da transição da gestão das secretarias, o que costuma incorrer em descontinuidades de projetos e programas. “É preciso lembrar que os gestores passam, mas os estudantes sempre estarão lá e precisam viver a política pública da maneira como está planejada e estabelecida”, reforça Karla Nascimento, secretária de educação do município de Açailândia (MA).

Já do ponto de vista da infraestrutura das escolas, Beatriz Goulart, arquiteta-urbanista, pesquisadora e ativista, recomenda repensar os espaços tanto do ponto de vista sanitário quanto pedagógico: “Temos que questionar essa naturalização de que escola é secretaria, sala, pátio e banheiro, e pensar: que tipo de espaços internos e externos precisamos para aprender melhor e em colaboração?”. 

Assista ao debate completo, que também contou com a participação de Carlos Eduardo Sanches, ex-presidente da Undime e do Conselho do Fundeb, Maria Thereza Marcílio, presidente da Avante Educação e Mobilização Social, e mediação de Cleuza Repulho: