Por Rafaela Mansur, g1 Minas — Belo Horizonte


Protesto pelo retorno imediato às aulas de crianças de 5 a 11 anos, na Praça Marília de Dirceu, em BH — Foto: Redes sociais

Um grupo de pais de alunos realiza, na manhã deste sábado (5), um protesto na Praça Marília de Dirceu, no Lourdes, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, onde mora o prefeito Alexandre Kalil (PSD), contra o adiamento das aulas presenciais para crianças de 5 a 11 anos.

O início das atividades estava previsto para o dia 3 de fevereiro, mas foi postergado para o dia 14, nas redes municipal, estadual e particular.

Pais de alunos protestam pelo retorno imediato de crianças às aulas presenciais

Pais de alunos protestam pelo retorno imediato de crianças às aulas presenciais

"A gente não entende por que o prefeito fecha as escolas a abre o resto da cidade. As crianças de 5 a 11 anos estão sendo proibidas de frequentar o ambiente escolar, que é um ambiente altamente seguro, cheio de regras e protocolos. A gente quer a reabertura imediata das escolas", afirmou a advogada Mariana Andrade, mãe de uma criança de 6 anos, que participa do protesto.

Nesta sexta-feira (4), o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entrou com uma ação contra a prefeitura na Justiça para garantir o retomo imediato das crianças de 5 a 11 anos às escolas.

A medida foi adotada horas depois de o município anunciar que iria desacatar a recomendação do órgão e manter o retorno das aulas no dia 14 de fevereiro.

Para o MPMG, o adiamento gera impactos negativos, danos à saúde mental das crianças e grave violação do direito fundamental à educação.

Segundo a prefeitura, entre os motivos para a postergação do início das aulas, estão "a alta transmissibilidade da variante ômicron entre as crianças e o grande número de internações em enfermarias e UTIs pediátricas".

Além disso, a medida é uma forma de dar tempo de todo o público na faixa etária de 5 a11 anos receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 antes da volta às escolas.

O g1 Minas pediu um posicionamento para a prefeitura sobre o protesto, mas o município disse que não vai comentar o assunto.

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