Por TV Anhanguera


Pais e alunos estão inconformados com o fechamento de 21 escolas estaduais

Pais e alunos estão inconformados com o fechamento de 21 escolas estaduais

O fechamento de 21 escolas na rede estadual do Tocantins não agradou os pais de alunos. Insatisfeitos, eles reclamam que os filhos terão que estudar em unidades distantes de casa. Em algumas unidades, pais e profissionais fazem abaixo-assinado pedindo a reabertura de escolas que funcionavam há décadas.

É o caso da Escola Estadual de Tempo Integral Frei José Maria Audrin, que funcionava há mais de 30 anos. "Nós vamos perder uma instituição estadual dentro do nosso bairro, que é uma conquista social, uma conquista popular. Nós estamos num, bairro vulnerável, com drogas e gravidez precoce e essa instituição vem mudando a realidade da nossa escola", disse o vice-presidente da Associação dos Moradores, Clécio Martins.

"Eu preciso de uma escola, como outros pais precisam de uma escola de tempo integral porque trabalham. Não é porque a gente quer deixar os nosso filhos aos cuidados dos professores", disse a dona de casa Maria Aparecida.

O governo disse que estudos foram feitos para que essa atitude fosse tomada. As 21 escolas fechadas pelo estado ficam em 19 municípios do Tocantins. Desse total, 14 vão ter os prédios cedidos para o município. As unidades ficam em Xambioá, Arraias, Taguatinga, Presidente Kennedy, Lizarda, Rio Sono, Tocantinópolis, Ponte Alta do Tocantins, Porto Nacional, Babaçulândia, Miracema do Tocantins, Pium, Nova Alegre e duas em Palmas.

Alunos reclamam do fechamento de escolas tradicionais em diversas cidades do estado — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

Outras seis escolas não terão mais convênio com o estado. Ficam em Wanderlândia, Dianópolis, Cristalândia, Augustinópolis e duas em Araguaina.

A Secretaria e Estadual de Educação informou que os principais motivos para o fechamento das escolas são a baixa procura por matrículas e a existência de convênios do governo com instituições onde o serviço ofertado diverge da competência prioritária da gestão.

Com o fechamento das escolas, 4.858 alunos e 1.508 profissionais serão remanejados para outras unidades.

Em novembro, a TV Anhanguera mostrou a preocupação da dona de casa Ranieri Amorim com o fechamento do Centro de Atenção Integral à Criança (CAIC), no Jardim Aureny IV, em Palmas. "Todos os três [filhos] estudam aqui, é o dia todo e eu acho bom, não atrapalha a gente fazer as coisas e dá tempo de pegar os meninos na escola".

Os alunos também não queriam que a escola parasse de funcionar. "Aqui é o dia todo e a gente aprende mais", disse a estudante Bruna Fontes, de 8 anos.

O G1 também registrou a situação do Colégio Estadual Girassol de Tempo Integral Augusto dos Anjos, no norte de Palmas. Nos corredores, móveis abandonados e uma obra da reforma da quadra no valor de mais de R$ 245 mil está parada.

"Infelizmente, imaginávamos que a escola ia ser ampliada, adequada, reformada e tivemos a insatisfação do fechamento da escola no final do ano", lamentou o corretor de imóveis, Mario Pinto.

"Eu como professora estou indignada em ver uma escola fechando num local que precisa de tantas vagas, com tantos alunos na fila de espera na nossa região", comentou a professora Joana Darc.

Veja mais notícias da região no G1 Tocantins.

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