Por Rafaela Mansur, g1 Minas — Belo Horizonte


Protesto contra o adiamento da volta às aulas para crianças de 5 a 11 anos em Belo Horizonte — Foto: Redes sociais

Um grupo de pais de alunos realiza, na manhã deste sábado (29), um protesto em frente à Prefeitura de Belo Horizonte contra o adiamento das aulas presenciais para crianças de 5 a 11 anos na capital.

O início das atividades estava previsto para o dia 3 de fevereiro, mas foi postergado para o dia 14, nas redes municipal, estadual e particular.

Pais de alunos vão pra porta da Prefeitura de BH e pedem retorno imediato das aulas

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Segundo a prefeitura, a medida foi adotada para dar tempo de todo o público nesta faixa etária receber a primeira dose da vacina contra a Covid-19 antes do retorno às escolas.

"Meu filho tem 6 anos, ele pode frequentar qualquer lugar da cidade, menos a escola. A gente não aceita mais aula online. Criança da particular tem aula online, criança da escola pública não tem nada. A gente só quer as nossas crianças de volta para a escola", afirmou a advogada Mariana Andrade, uma das organizadoras do protesto.

Crianças em protesto em frente à Prefeitura de BH contra adiamento da volta às aulas — Foto: Redes sociais

Nesta sexta-feira (28), a Sociedade Mineira de Pediatria (SMP) também se posicionou sobre o adiamento da volta às aulas. A entidade reconhece que "a atual situação de ocupação de leitos, especialmente os pediátricos, é extremamente preocupante, o que justifica o endurecimento das medidas de combate à transmissão dos vírus respiratórios".

No entanto, afirma que essas medidas "não devem estar restritas ao ambiente escolar e à população pediátrica, mas sim direcionadas a todos os ambientes em que possa haver aglomeração de pessoas, incluindo setores de lazer, festas e eventos esportivos".

"O adiamento do retorno às atividades escolares presenciais em 11 dias, se não acompanhado de outras medidas de redução da transmissão e de intensificação da vacinação, não irá representar impacto significativo na atual situação de saúde do município", diz a SMP, que destaca também a importância da vacinação das crianças.

O g1 Minas pediu um posicionamento à Prefeitura de Belo Horizonte sobre o protesto. Em nota, o município afirmou que, além de garantir tempo hábil para a vacinação das crianças de 5 a 11 anos, o adiamento da volta às aulas foi adotado "considerando o aumento das internações pediátricas, além de outras doenças respiratórias que circulam".

"No que se refere à rede municipal, a Secretaria Municipal de Educação informa que o adiamento para a faixa etária específica não vai impactar em prejuízo da oferta legalmente prevista. Para todos os estudantes serão garantidos os 200 dias letivos e as 800 horas exigidas", afirmou o município.

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