Rio
PUBLICIDADE

Por Luiz Ernesto Magalhães — Rio de Janeiro

O prefeito do Rio, Eduardo Paes, antecipou ao GLOBO que vai sancionar a lei que proíbe venda ou oferta de alimentos ultraprocessados em escolas públicas e particulares da cidade, numa medida de combate à obesidade infantil. O texto final do PL 1.662/2019 foi aprovado pela Câmara do Rio nesta terça-feira após quatro anos de discussões. A redação final ainda será publicada.

O texto foi aprovado por unanimidade, com 30 votos a favor e nenhum contra. Sendo assim, ficam banidos, balas, refrigerantes e biscoitos e sorvetes industrializados, por exemplo.

A versão aprovada não é a mesma que foi protocolada originalmente por Maia e que teve a adesão de outros 14 parlamentares como coautores. Um das mudanças foi a supressão da lista com os tipos de alimentos a serem banidos, que constava do artigo 2º do projeto de lei inicial. Estavam listados ali, por exemplo, biscoitos, doces e salgados, e salgadinhos de pacote; sorvetes industrializados; balas e guloseimas em geral; cereais açucarados e barras de cereal industrializadas; bolos e misturas para bolos industrializados; refrescos, refrigerantes e bebidas do tipo néctar; iogurtes e bebidas lácteas, adoçados e aromatizados; entre outros.

Guia do Ministério da Saúde

No lugar da lista, será adotada a definição do Guia Alimentar Para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, que define como ultraprocessados os alimentos que envolvem “diversas etapas e técnicas de processamento e muitos ingredientes, incluindo sal, açúcar, óleos e gorduras e substâncias de uso exclusivamente industrial”, além de “substâncias sintetizadas em laboratório a partir de alimentos e de outras fontes orgânicas como petróleo e carvão”. Os alimentos que estavam na relação do texto anterior se enquadram na definição do guia.

O texto original chegou a receber dez emendas, algumas das quais, segundo especialistas, anulavam por completo os objetivos da lei. Entre elas, havia uma que retirava a palavra “ultraprocessado” do texto. Outra trocava a proibição por uma recomendação de que fossem “priorizadas a venda e a distribuição de alimentos orgânicos”.

Para evitar a desfiguração do projeto, os vereadores convidaram entidades como o Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (Ieps) e o Instituto Desiderata, além de representantes da indústria alimentícia, em busca de um meio termo que possibilitasse o avanço da matéria na Casa. O resultado foi um novo texto, que foi levado a voto na sessão de ontem. Com a aprovação do projeto, as emendas apresentadas foram descartadas e arquivadas.

O substitutivo aprovado teve como foco apenas o ambiente escolar. Foram retiradas do projeto original todas as restrições à comercialização de alimentos ultraprocessados no comércio varejista.

Já a multa para estabelecimentos de ensino que não cumprirem a determinação de banir os ultraprocessados ficou mais dura. Enquanto o texto original estabelecia pena de R$ 1,5 mil, que poderia ser dobrada em caso de reincidência, a versão aprovada prevê a aplicação de multa diária de R$ 1,5 mil até que a lei seja de fato cumprida.

Mais recente Próxima Lanchonete entre túmulos: Paes manda demolir quiosque no Cemitério São João Batista

Inscreva-se na Newsletter: Notícias do Rio

Mais do O Globo

Espetáculo deve reunir 1,5 milhão de pessoas na noite deste sábado na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro

Show da Madonna: onde assistir ao vivo o espetáculo da cantora na 'Celebration Tour'

Fãs temem serem vítimas de furtos ou roubos, apesar do esquema montado pela PM

Celular velho e 'esconderijo' para cartões e dinheiro: fãs de Madonna dão dicas de segurança

Quem manda acha que pode fazer o que criticava quando era oposição. A fala de Lula no Dia do Trabalho cai nessa categoria

Sobre democracia e mandar

Na contramão do identitarismo, a cantora não vitimizou mulheres, pretos, gays, latinos. Preferiu celebrá-los

Lady Madonna

De volta ao Rio após mais de um ano, noite contará com Alexandre Pantoja defendendo cinturão e o retorno de José Aldo

UFC 301: Evento chega à 40ª edição no país com card recheado de brasileiros e de olho na expansão

Instituições se mostram incapazes de combater antissemitismo e de proteger direito dos alunos à manifestação

Protestos nos EUA revelam inépcia 
das universidades

Fiscalização pelo Judiciário é saudável para evitar abusos, mas não pode dificultar investigações

Revisão da atuação do MP não deve enfraquecer combate à corrupção

Três das seis apresentações com maiores plateias já registradas na história do planeta aconteceram em famosa praia no Rio de Janeiro

Madonna em Copacabana pode mudar ranking dos maiores shows do mundo; veja lista completa

Não foi apenas uma manifestação pacífica de senhorinhas patriotas

O caráter golpista do 8 de Janeiro