Prime Time

seg - sex

Apresentação

Ao vivo

A seguir

    Oposição busca novos nomes para CPI do MEC no Senado

    Três parlamentares retiraram suas assinaturas do requerimento para instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito

    Plenário do Senado Federal
    Plenário do Senado Federal Jefferson Rudy/Agência Senado

    Douglas Portoda CNN*

    em São Paulo

    Parlamentares de oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL) buscam novos nomes para a assinatura do requerimento de instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal que irá investigar denúncias de irregularidades no Ministério da Educação (MEC).

    Entre o sábado (9) e esta segunda-feira (11), os senadores Oriovisto Guimarães (Podemos-PR), Styvenson Valentim (Podemos-RN) e Weverton Rocha (PDT-MA) retiraram seus nomes. Sem o apoio dos parlamentares, o requerimento fica com 24 assinaturas – faltando três para atingir o mínimo necessário para dar procedimento ao processo de abertura das investigações.

    A ação aconteceu após uma força-tarefa do governo, coordenada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, junto ao trabalho de muitos políticos, inclusive da Câmara dos Deputados, aliados do ex-ministro da educação Milton Ribeiro.

    Eles estão realizando um trabalho de “corpo a corpo” no Senado, pedindo para que os senadores ou retirem a assinatura, ou não deem apoio para a CPI.

    Segundo a analista de política da CNN Thais Arbex, agora a oposição tem como estratégia tentar ir atrás dos parlamentares que já haviam prometido dar o seu aval à CPI. Há uma avaliação bastante pragmática de que eles posam conseguir as 27 assinaturas, mas que ficarão apenas nesse número.

    Não existiria mais a possibilidade de conseguir uma margem de nomes. Qualquer congressista pode retirar o seu nome da lista até o momento da leitura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que decide sobre a abertura ou não da CPI.

    As acusações tratam de suspeitas que o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro praticava beneficiamento indevido na destinação de verbas públicas por meio do intermédio dos pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, que cobrariam propina de prefeitos — conforme relatado por um deles à CNN.

    (*Com informações de Renata Souza e Larissa Rodrigues, da CNN)