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Opinião|Oportunidades e incentivos transformam a vida dos jovens das escolas públicas

Atualização:

Daniel Calarco, 23 anos, é um ativista brasileiro de direitos humanos que cresceu na Favela do Vintém e na Vila Aliança, em Bangu, no Rio de Janeiro. Daniel experimentou uma infância com muito medo e opressão. Dos seis aos quinze anos trabalhou duro na feira livre e logo aprendeu a buscar sempre as melhores condições. "Eu tive oportunidades e uma delas foi ter acesso a uma educação pública de qualidade". O jovem estudou no Colégio Federal Pedro II, onde além de aprender idiomas era constantemente desafiado a ser um jovem pesquisador.

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Aos 15 anos, Daniel foi convidado a estudar política, economia e direito na Universidade de Yale, nos Estados Unidos. Quando voltou para o Brasil, fundou o Observatório Internacional da Juventude, com o objetivo de criar melhores oportunidades para jovens em situação de vulnerabilidade. Em março deste ano, integrou o programa  Jovens Líderes Generation 17.  O grupo é formado por agentes de transformação de vários cantos do planeta em busca de soluções significativas para o mundo. Todas elas alinhadas aos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. 

Do outro lado do Brasil, Ud Madeiro Pereira, um estudante de 15 anos de Cascavel, Ceará, se uniu a um grupo de estudantes do ensino médio, da Escola Estadual de Educação Profissional Edson Queiroz, para desenvolver o projeto Vespertilio. Trata-se de um robô semeador, montado com materiais recicláveis e movido a energia solar, que acelera o processo de aragem e plantio dos produtores rurais da região. A solução foi criada e estimulada pela 7ª edição do Prêmio Respostas para o Amanhã. Ud e seus colegas ganharam em primeiro lugar e receberam prêmios como notebooks e mentorias técnicas.

O que há em comum entre as histórias de Ud Madeiro e Daniel?

Ambos jovens tiveram oportunidades e incentivos em suas jornadas para mostrar seus potenciais. Além disso, estas iniciativas foram viabilizadas pela coreana Samsung. A multinacional vem de uma região onde há muitos anos se reconhece e valoriza a educação de qualidade. A Coréia do Sul está entre os 10 melhores no ranking internacional do PISA. Os bons resultados educacionais têm correlação positiva com o crescimento da economia local. "Educação faz parte da sociedade, faz parte da nossa cultura e não podemos ficar de fora desta causa", reforça Mario Laffitte, VP de Relações Institucionais da Samsung América Latina. Há sete anos a empresa concentra seus esforços na melhoria da educação, por meio da formação, reconhecimento e valorização dos jovens e educadores.

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Ud Madeiro, suas colegas Jamilly Félix Lima, Anna Beatriz Santos Fonseca e a professora orientadora Thayane Rabelo Braga  

O prêmio que Ud Madeiro venceu, faz parte da iniciativa global Solve for Tomorrow, que acontece em 16 países na América Latina. O projeto desafia os alunos e professores, da rede pública, a resolverem problemas locais, com experimentação científica e/ou tecnologia por meio da abordagem STEM (sigla em inglês para Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática). No Brasil, ao longo das sete edições do prêmio, foram mais de 521 projetos avaliados, 1.749 estudantes participantes, quase mil professores, de 303 escolas públicas participantes e mais de 160 mil jovens impactados. A premiação é realizada com parceiros especializados no assunto como Cenpec, Unesco, Todos pela Educação e o Consed (Conselho Nacional dos Secretários de Educação).

Já o programa Generation 17 nasceu em 2020 e tem como propósito inspirar uma geração inteira de jovens, experientes em tecnologia, a atingir os ODS em menos de 10 anos. O projeto oferece oportunidades para os selecionados participarem de eventos regionais e globais, sendo realizado em parceria com o PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento). Daniel e os outros sete líderes já estão garantidos na 21ª edição Fórum da Juventude do Conselho Econômico Social das Nações Unidas, que acontecerá entre os dias 7 e 8 de abril de 2021. 

Premiações e reconhecimentos como os citados acima, se articuladas com outras iniciativas pedagógicas e administrativas, são excelentes incentivos que transformam a comunidade escolar. Experiências como esta precisam ser conhecidas, reconhecidas e replicadas em todo Brasil. "Precisamos voltar a sonhar. Sonhar é um ato de rebeldia", completa Daniel.

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