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Entrada do Museu do Amanhã, no Rio: dois dias de debates sobre educação — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo
Entrada do Museu do Amanhã, no Rio: dois dias de debates sobre educação — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo

A desafiadora jornada do Brasil rumo a uma educação de qualidade passa pela valorização e treinamento constante dos professores, investimentos pesados em infraestrutura de telecomunicação que proporcionem internet gratuita nas escolas públicas, formação docente adequada para promover um ensino antirracista e que atente para a desigualdade social. Essas foram algumas das conclusões apresentadas pelos palestrantes da 1ª edição do Festival LED - Luz na Educação, iniciativa do Movimento LED, que tem como objetivo estimular práticas inovadoras na educação brasileira. O evento aconteceu nos dias 8 e 9, no Museu do Amanhã e Museu de Arte do Rio, e levou uma centena de convidados para debates, workshops, exposições e oficinas, uma verdadeira imersão no mundo da educação.

Eduardo Giannetti: formação de capital humano define a vida de um país — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo
Eduardo Giannetti: formação de capital humano define a vida de um país — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo

O Festival LED é uma realização da Globo e da Fundação Roberto Marinho, em parceria com a plataforma “Educação 360 - Conferência Internacional de Educação”, da Editora Globo (que publica o Valor), com patrocínio de Invest Rio e apoio do Coppead.

“Nada mais simbólico do que estar no Museu do Amanhã para debater a educação do futuro. Faz parte da missão do Grupo Globo a educação como vetor de transformação”, disse, na abertura, Paulo Marinho, diretor-presidente da Globo. A Plataforma 360 foi criada para mapear projetos educacionais espalhados pelo país, em parceria com iniciativas dos canais Globo. “Nossa proposta é criar um hub de soluções educacionais”, afirmou Alan Gripp, diretor de redação do “O Globo”.

Futurista Amy Webb: “Conectividade tem que ser gratuita ou muito barata” — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo
Futurista Amy Webb: “Conectividade tem que ser gratuita ou muito barata” — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo

“A ideia do festival, além de reconhecer iniciativas inovadoras, é ampliar o debate entre especialistas renomados, professores e alunos e pensar a educação do futuro no presente”, disse Cristovam Ferrara, head de valor social da Globo.

Entre os nomes de peso que debatem o futuro da educação na atualidade estavam os da fundadora e presidente do Future Today Institute, Amy Webb, que fez suas previsões para revolucionar as salas de aulas nos próximos anos, e do economista Eduardo Giannetti, que propôs repensar a pedagogia brasileira para fortalecer o pensamento crítico e minimizar os exageros da “memorização”. Segundo Giannetti, “a formação de capital humano é o que define a vida de um país”. Para ele, “nenhum local prospera, encontra o seu melhor, se não der a cada cidadão a capacidade de desenvolver o seu potencial humano. E o Brasil está muito longe de alcançar essa realidade.”

O médico Drauzio Varella: país precisa de plano educacional de longo prazo — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo
O médico Drauzio Varella: país precisa de plano educacional de longo prazo — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo

Para Webb, a pandemia ressaltou o problema dos desertos digitais no Brasil, fazendo com que milhares de crianças deixassem de acompanhar as aulas de forma digital, mesmo após o arrefecimento da crise sanitária. “A conectividade tem que ser gratuita ou muito barata em toda a parte. Depois é que se fará investimentos para disponibilização de aparelhos como óculos digitais e computadores”, disse.

Num painel bastante aguardado, debateram a educação antirracista a professora e coordenadora do grupo de pesquisa Coletivo Angela Davis, Angela Figueiredo, a escritora e professora Conceição Evaristo e o cantor Emicida.

Bárbara Carine, professora e empreendedora: foco na educação infantil — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo
Bárbara Carine, professora e empreendedora: foco na educação infantil — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo

Em defesa do combate à desigualdade de oportunidades, o médico Drauzio Varella afirmou que criança pobres precisam, como as ricas, ter acesso a creches de qualidade e entrar em contato com um ambiente propício para desenvolver habilidades. “A diminuição de desigualdade é urgente e exige um plano educacional de longo prazo. Quanto mais cedo as crianças puderem a ter acesso ao aprendizado e ao convívio com professores motivados, melhor.”

A professora da Universidade Federal da Bahia Bárbara Carine defendeu a tese de que a educação infantil é uma das etapas mais importantes da trajetória escolar das crianças, mas, apesar disso, não seria ainda vista com seriedade pela sociedade em geral. “A falta de seriedade a gente vê nos salários pagos aos profissionais, que são muito baixos”, disse. Ela também contou que decidiu abrir uma escola antirracista para garantir uma melhor educação para sua filha.

Encontro promoveu workshops, exposições e oficinas com crianças e jovens — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo
Encontro promoveu workshops, exposições e oficinas com crianças e jovens — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo
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