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Blog dos Colégios

Opinião|O esporte na infância e na adolescência

Por Claudia Stefanini *

Durante o período escolar, as famílias se preocupam com a organização da rotina diária dos filhos. Além das aulas na escola, há de se pensar nas atividades extracurriculares e como preencher o dia das crianças de forma proveitosa. Nessas situações, atividades muito procuradas, e indicadas, são as aulas de esportes, quer seja na própria escola, quer seja em clubes e academias.

 

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Em se tratando de esporte na escola, as aulas de Educação Física que fazem parte do currículo escolar são regidas pela BNCC - Base Nacional Comum Curricular, que tem o papel de orientar e subsidiar os currículos escolares de todas as disciplinas. No caso da Educação Física, as diretrizes nacionais trazem muitos temas além do esporte, como as lutas, atividades de aventura, as danças, as ginásticas, jogos e brincadeiras. Ou seja, as escolas devem diversificar as atividades que são práticas com os estudantes. O Colégio Pentágono contempla, ao longo dos ciclos escolares, todas as manifestações da cultura corporal de movimento, possibilitando, aos alunos, oportunidades de vivenciar e experimentar diferentes formas de expressão pelo movimento.

Mas, vamos falar do esporte. Além das aulas de Educação Física curriculares, a prática da atividade física e do esporte é recomendada pela OMS - Organização Mundial da Saúde, no documento "Diretrizes da OMS para a Atividade Física e Comportamento Sedentário". O guia recomenda que crianças e adolescentes façam, pelo menos, 60 minutos de atividade moderada a vigorosa por dia e que, em pelo menos três dias da semana, sejam atividades aeróbicas de moderada a vigorosa intensidade.

Em um mundo onde as distâncias foram drasticamente reduzidas pelas facilidades digitais, se torna um verdadeiro desafio realizar a proposta da OMS. Nesse sentido, as atividades esportivas extracurriculares são muito bem-vindas. É importante fornecer às crianças e adolescentes oportunidades diversificadas, para que possam experimentar e reconhecer com qual esporte eles mais se identificam e tenham prazer em participar. É importante, inclusive, encorajar a participação nas práticas esportivas. No Pentágono, a Escola de Esportes e Cultura tem mais de 15 modalidades disponíveis aos estudantes, como as tradicionais de futsal, basquete e vôlei, até as mais modernas como skates e patinação artística.

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Mas, até onde podemos ir? Um tema muito debatido no mundo acadêmico é a idade indicada para se iniciar no esporte. O debate está entre a iniciação esportiva precoce e a especialização esportiva precoce.

Escolas de esportes se proliferam pela cidade e o importante é sabermos como essas instituições trabalham com as crianças e adolescentes. A iniciação esportiva, inclusiva e lúdica é muito recomendada para crianças da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, ou seja, entre 3 e 10 anos. Algumas modalidades podem ser iniciadas antes, como a natação para bebês. E é importante ressaltar que não há idade limite para iniciar no esporte. Gustavo Borges, nadador brasileiro olímpico, por exemplo, começou a nadar com 10 anos de idade. E claro, são inúmeros os benefícios que a prática esportiva proporciona, ajudando no desenvolvimento integral, aprimorando habilidades e proporcionando saúde.

O que se deve ter atenção é quanto à especialização esportiva precoce. O treinamento esportivo, que tem o objetivo de encaminhar para o alto rendimento, deve ser pensado pelas famílias com muito critério. Treinar crianças se torna exaustivo, muitas vezes por 4 horas diárias de atividades intensas e a criança terá que lidar com frustrações e sobrecarga física, podendo levar a lesões ósseas e musculares.

O importante é que as famílias conversem com profissionais especialistas e avaliem o melhor caminho a seguir de acordo com o projeto de vida de seus filhos. Mas podemos afirmar, com muita certeza, que o esporte trará muitos benefícios para as crianças, adolescentes e adultos, também!

*Claudia Stefanini  - Assessora de Educação Física do Colégio Pentágono

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