Por G1


Em imagem de arquivo, candidatos fazem a segunda fase da prova na Escola Politécnica da USP, em São Paulo — Foto: Arquivo/Caio Kenji/G1

Depois de um ano de queda, a porcentagem de calouros da Universidade de São Paulo (USP) que saíram da rede pública bateu um recorde histórico em 2017: dos 10.994 estudantes matriculados no primeiro ano de cursos de graduação da universidade, 36,9% fizeram o ensino médio em uma escola pública. É a maior proporção já registrada, mas ainda está aquém da meta – a USP pretende chegar a 2018 com 50% de seus calouros oriundos da rede pública, segundo informou, no ano passado, o professor Antonip Carlos Hernandes, pró-reitor de Graduação.

Os dados sobre o vestibular 2017 foram divulgados por Hernandes nesta semana, em reunião do Conselho Universitário.

Veja abaixo as estatísticas dos últimos dez anos:

Alunos da rede pública na USP
Evolução no número de alunos que fizeram o ensino médio em escola pública e foram aprovados na USP
Fonte: USP

Cotas raciais

Neste ano, um em cada cinco calouros da USP se autodeclarou preto, pardo ou indígena (PPI), segundo as estatísticas divulgadas pela Pró-Reitoria de Graduação: dos 10.944 calouros, 2.114 são PPI, ou 19,3% do total. O número representa um aumento em relação ao vestibular 2016, quando 17,1% dos novos estudantes de graduação haviam se autodeclarado preto, pardo ou indígena. Já na Fuvest 2014, por exemplo, essa porcentagem era de 14%.

Perfil racial dos calouros da USP
Veja a proporção entre os aprovados na USP que se declararam pretos, pardos ou indígenas (PPI), e dos que se autodeclaram brancos ou amarelos
Fonte: USP

98,8% de preenchimento

Em um comunicado divulgado pela assessoria de imprensa, a USP afirma que, em 2017, 98,8% das vagas oferecidas pela Fuvest e pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu) foram preenchidas. No total, foram oferecidas 8.734 vagas pela Fuvest e 2.338 pelo Sisu. Porém, as vagas que ficaram ociosas após as chamadas do Sisu foram redistribuídas aos candidatos da Fuvest.

A USP não divulgou a porcentagem de vagas que não foram preenchidas no Sisu. No ano passado, 45,3% das vagas oferecidas via Enem ficaram ociosas e foram transferidas para as chamadas da Fuvest. Na época, a instituição afirmou que o calendário e o medo das altas notas de corte afetaram o preenchimento das vagas, e por isso fez adequações ao processo seletivo deste ano.

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