Rio

Novo secretário estadual de Educação pode tirar escolas de áreas de risco

Pedro Fernandes afirmou que medida pode ser tomado caso haja equipamento público próximo capaz de receber alunos
Pedro Fernandes foi candidato ao governo e depois apoio Witzel no segundo turno das eleições Foto: Marcos Ramos / 15.10.2018 / Agência O Globo
Pedro Fernandes foi candidato ao governo e depois apoio Witzel no segundo turno das eleições Foto: Marcos Ramos / 15.10.2018 / Agência O Globo

O novo secretário estadual de Educação, Pedro Fernandes, afirmou que pode tirar escolas de áreas de risco. Segundo ele, as análises levarão em conta a necessidade da mudança e a existência de um equipamento público próximo que possa receber os estudantes.

— Se for necessário rever a localização de algumas escolas, faremos se tiver disponibilidade de outro equipamento público próximo. Tem que analisar caso a caso — afirma Pedro, que ainda está tomando conhecimento da pastas: — Fomos uma das  últimas últimas pastas a ser escolhida. Meu primeiro desafio é conhecer a secretaria.

Pedro esteve, antes da posse, na sede da Seeduc para conhecer o espaço físico onde trabalhará, no Santo Cristo, Centro do Rio. Desde 2016, o prédio funciona com as portas fechadas e um carro de polícia na porta. Naquele ano, um grupo de alunos ocupou o prédio em protesto.

O novo secretário afirmou que reabrirá as portas da sede. Ele também anunciou que aumentará o número de Diretorias Regionais de Administração. Atualmente, existem 12 desses órgãos no estado. Cada uma é responsável por fazer uma interface entre os diretores e a sede da Seeduc.

— Tem regional hoje que tem a responsabilidade por 180 escolas. Esse número é inviável. Cada uma tem que ter no máximo 70 — disse Pedro.

Ele afirmou que “certamente” vai desmembrar as regionais III, IV e V, que cuidam das zonas Norte e Oeste da capital e de parte da Baixada, respectivamente. Além disso, quer criar mais três regionais no estado.

— Mas primeiro preciso ver ae terei orçamento para isso — afirma.

O estado do Rio teve queda no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2017 em relação a 2015 no ensino médio: caiu de 3.6 para 3.3. No fundamental, passou de 5.1 para 4.8 nos anos inicias do ensino fundamental (do 1º ao 5º ano) e se manteve em 3.7 no segundo ciclo (do 6º ao 9º ano).

— Temos que motivar os profissionais para reverter esse quadro — defendeu o secretário.

O ex-secretario de Educacao Wagner Victer informou que a Seeduc reabriu a sede em novembro para o público externo e o carro de policia deixou de ficar no local em outubro.