Por Sistema Fiep

A Lei do Novo Ensino Médio é de 2017, mas o assunto ainda é novo. Afinal começou a ser implementado gradativamente este ano na maioria dos colégios do País. A meta, para o Governo, é de que, em 2025, todos os alunos brasileiros tenham a possibilidade de se desenvolver dentro da modalidade.

Para entender melhor, vamos começar pelo conceito. A Lei 13.415/2017 – conhecida como Lei do Novo Ensino Médio – determina que, até 2025, o Ensino Médio seja constituído pela Formação Geral Básica (FGB) e os Itinerários Formativos, para que o aluno escolha uma trajetória a se desenvolver:

I – Linguagens e suas tecnologias

II – Matemática e suas tecnologias

III – Ciências da natureza e suas tecnologias

IV – Ciências humanas e sociais aplicadas

V – Formação técnica e profissional.

O tempo dedicado à formação, que era de 800 horas anuais, passa a ser de 1.000 horas para comportar esse aprofundamento que pode definir o início de uma carreira promissora.

“O Colégio Sesi da Indústria olhou cuidadosamente para todos os aspectos que envolvem essa modalidade de ensino para realizar as adequações necessárias em seu currículo. Entretanto, seus pilares educacionais e sua essência já conversavam com as juventudes e com os direcionadores agora inseridos na modalidade. Sendo assim, o trabalho em equipe, as Oficinas de Aprendizagem, o desenvolvimento de competências e habilidades, a inter e a transdisciplinaridade, e o aluno como protagonista do seu processo de aprendizagem, por exemplo, já presentes em nossa instituição, continuam embasando todo o trabalho realizado durante o Ensino Médio”, complementa a gerente de Educação e Negócio do Sistema Fiep, Jacielle Feltrin Vila Verde Ribeiro.

— Foto: Gelson Bampi

“Nos Colégios Sesi da Indústria e Sesi Internacional, por exemplo, vamos aproximar ainda mais nossos jovens do mundo do trabalho, potencializando o poder de empregabilidade e ganhos salariais assim que concluírem esta primeira etapa da educação. Aqui, eles terão a oportunidade de cursar o V Itinerário Formativo, que é a Formação Técnica Profissional por meio do Senai, referência nacional em educação profissional, com cursos desenhados exclusivamente para esta faixa de ensino e alinhados às previsões futuras de mercado para os próximos cinco anos”, acrescenta Reinaldo Rodrigues, coordenador de Educação e Negócios do Sistema Fiep para Curitiba e Região Metropolitana.

A preparação para o novo ensino médio

Desde 2018, quando o Paraná apresentou uma proposta considerando a Lei, a Rede Sesi se mobilizou para construir as propostas e capacitar suas equipes pedagógicas e docentes de todo o Brasil para a implementação. E, em 2019, colocaram uma turma para “funcionar” dentro do modelo do novo ensino médio no Colégio Sesi da Indústria de Maringá.

É de lá que vem Guilherme Almeida dos Santos, de 17 anos. Para ele, participar do projeto-piloto tem sido bem interessante para estar preparado não só para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e o vestibular, mas também para o mercado de trabalho. “Achei mais realista. Gostei de interligar as matérias por área de conhecimento. Por exemplo, no lugar de química e biologia isoladas, sem interação, tenho a disciplina de ciências da natureza e suas tecnologias, o que ajuda muito no aprendizado. Faço o Itinerário de Técnico em Eletrotécnica. Esse caminho me ajudou a repensar algumas coisas sobre o meu futuro. Achava que eu tinha ideia do que gostaria de fazer e o contato de hoje me fez enxergar melhor o que gosto ou não para definir o que seguir futuramente”, explica.

A quase oito quilômetros de distância de Maringá, em Sarandi (PR), vive Rafael Henrique Pereira de Souza, também de 17 anos. Ele acredita que a experiência no projeto-piloto tem ajudado de várias formas. “Em termos de estudo, ajuda a revisar alguns conteúdos da escola que são revistos e aprofundados no Itinerário Formativo. Outro ponto é que valoriza a mão de obra do futuro recém-formado, o que traz conforto para quem quer continuar na área de formação técnica. Por fim, é a possibilidade de se aprofundar em assuntos de interesse, antes mesmo da faculdade. Como é o meu caso, que cursei o Técnico em Eletrotécnica no projeto-piloto e me aprofundei em física de uma maneira que não seria possível no ensino médio tradicional”.

Essência que faz a diferença

Jacielle explica que o Colégio Sesi, por fazer parte do Sistema Fiep e contar com a parceria do Senai, teve sempre um olhar específico para que a educação contribuísse com a construção de uma sociedade mais justa, gentil, competitiva, livre e economicamente sustentável. “Com foco na formação das juventudes e com um olhar para o futuro, o Colégio Sesi sempre promoveu um ensino moderno, aberto ao debate, com respeito às culturas e às tecnologias. Inclusive com a tecnologia como meio para o desenvolvimento da aprendizagem”, complementa.

Para ela, a instituição tem como foco preparar os jovens para enfrentar os desafios do futuro, abraçar as novas profissões, as novas necessidades e habilidades que serão necessárias e podem ser desenvolvidas desde hoje. “Em parceria com o Senai, que é referência na formação profissional no Brasil, desejamos atuar no desenvolvimento dos jovens para estes novos cenários. O mundo físico está se tornando digital numa velocidade vertiginosa. Estamos na 4ª Revolução Industrial. Estima-se, conforme um estudo do Fórum Econômico Mundial, que 65% das profissões do futuro ainda nem foram inventadas. Inteligência Artificial, big data, internet das coisas, robótica, impressão 3D, fábricas inteligentes e automatizadas fazem parte do rol de palavras que compõem este cenário que tem se desenhado”.

— Foto: Gelson Bampi

Como ajudar o estudante a escolher qual caminho seguir?

A Reforma também prevê a inclusão do chamado Projeto de Vida na grade curricular do Novo Ensino Médio. A proposta é de que, por meio de rodas de conversas, atividades e outros recursos desenvolvidos pela instituição, os alunos tenham momentos de reflexão, não só sobre o vestibular e a escolha de uma profissão, mas também de planejar e estruturar um projeto para o futuro.

Como o novo ensino médio e o Itinerário Formativo Profissional vão impactar o futuro dos brasileiros

Da sala de aula para o mercado de trabalho: essa era a trajetória de muitos estudantes em meio ao desafio do currículo com experiência. “Hoje as empresas esperam que esse mesmo jovem entre preparado para ‘correr’ com eles. Por isso, é importante sua inserção neste cenário antes mesmo de atuar diretamente nele, com uma formação que lhe permita experimentar e vivenciar os desafios do mundo do trabalho, enquanto ainda está em processo de formação. E o V Itinerário está alinhado a essa vertente. Ele pode ser decisivo para que o jovem tenha a oportunidade de chegar e permanecer no mundo do trabalho, para atender à realidade social do País e para se desenvolver, tendo como horizonte estas novas profissões que ainda surgirão”, detalha Jacielle.

— Foto: Gelson Bampi

Não é só para o Colégio Sesi que o Senai está de portas abertas nesse novo cenário da educação brasileira. Qualquer instituição de ensino pode procurar a instituição do Sistema Fiep para parcerias dentro do Itinerário Formativo para o novo ensino médio. Basta entrar em contato com uma unidade da região ou enviar um e-mail para a Gerência Executiva no gee@fiepr.org.br.

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