O Folha na Sala desta terça (14) mostra quais são as principais mudanças no ensino médio, que passa por uma das suas maiores reformas das últimas décadas e tem confundido professores e gestores sobre sua implementação e estudantes sobre seu futuro.
Aprovado em 2017 e obrigatório em todas as redes estaduais até 2024, o novo modelo prevê um aprofundamento em eixos temáticos das áreas de exatas, biológicas ou humanas, a serem escolhidos pelos alunos. Como essas disciplinas são ofertadas e quando os alunos fazem a opção, varia estado para estado, que criaram seus próprios currículos de referência.
Há uma insegurança entre alunos de que o foco em algumas disciplinas deixe lacunas de aprendizado quepodem prejudicá-los no Enem e na maioria dos vestibulares, que continuam exigindo as disciplinas tradicionais. O Ministério da Educação planeja alinhar o Enem ao novo ensino médio até 2024.
Em São Paulo, o podcast ouve professores da escola estadual Alexandre Von Humboldt, na zona oeste da capital, que, como muitas escolas do país, passa pela reforma da etapa enquanto tenta reparar os prejuízos da pandemia.
Também ouve uma professora de uma escola piloto em Porto Alegre (RS) que, apesar de entender que as mudanças trazem boas novidades, acha que seus alunos estão sendo prejudicados pela nova organização.
Os especialistas Fernando Cassio, professor de políticas educacionais na Universidade Federal do ABC; João Paulo Cêpa, gerente de Articulação e Advocacy do Movimento pela Base e Vitor de Ângelo, presidente do Consed, discutem se o novo ensino médio traz mudanças positivas para a escola pública e de que forma os erros percebidos ao longo do processo podem ser corrigidos.
Na sua quinta temporada, o Folha na Sala debate, em nove episódios semanais, quais são os desafios da educação e da escola pública em 2022, na retomada das aulas presenciais após dois anos de abre e fecha devido à pandemia de coronavírus.
O podcast é uma parceria da Folha com o Itaú Social. O programa é apresentado pelos jornalistas Ricardo Ampudia e Juliana Deodoro. A coordenação foi de Angela Pinho e Magê Flores. A edição de som é de Luan Alencar.
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