Enem e Vestibular
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Por Melissa Duarte


Prova do Enem Agência O Globo — Foto:
Prova do Enem Agência O Globo — Foto:

BRASÍLIA — O novo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderá dar bonificação a estudantes que fizerem curso técnico que tenha relação com a área escolhida na graduação. Conceder essa pontuação ficará a cargo das instituições de ensino superior. As mudanças anunciadas em entrevista à imprensa nesta quinta-feira valerão a partir de 2024.

Chamado de primeiro instrumento, o primeiro dia de provas poderá ter questões discursivas, além da redação. A orientação do Ministério da Educação (MEC) é que essa parte da prova corresponda a cerca de 25% da nota dessa primeira etapa.

Já no segundo dia, o estudante poderá escolher a área de conhecimento da prova que seguirá a graduação que deseja cursar. Nesse segundo instrumento, o MEC orienta que as questões se baseiem em investigação científica, processos criativos, mediação e intervenção sociocultural, além de empreendedorismo.

A escolha pela área de conhecimento para o segundo dia deverá ser feita no 3º anos do Ensino Médio, durante a inscrição para o Enem. São quatro opções:

Segundo o MEC, as provas deverão ser interdisciplinares, com foco em português e em matemática. Tanto as questões abertas como a realização de provas por área constam em parecer da Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgado na última segunda-feira.

— Hoje, anunciamos a pedra fundamental de um importante marco para a educação brasileira: o novo enem. Com a implementação do novo Ensino Médio se iniciando em 2022, nossos estudantes estão experimentando uma oferta educacional mais contextualizada, atualizada com as demandas tecnologicas e do mundo do trabalho — afirmou o ministro da Educação, em pronunciamento. — O novo Enem valorizará ainda mais a capacidade de reflexão dos estudantes.

Os itens de língua estrangeira deverão ser integrados à prova, e não mais apresentados de forma separada. Dessa forma, uma questão de história, por exemplo, poderá vir com texto de apoio em inglês a fim de contextualizar as duas disciplinas. A elaboração das questões ficará a cargo no Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que deverá definir, ainda, a porcentagem de questões de português e de matemática.

O MEC não estima os gastos envolvidos na transição para realizar o novo Enem, mas deve fazer um palno para nortear a implementação do exame. O novo formato Enem deve atender às mudanças desencadeadas pela reforma do Ensino Médio, sancionada pelo então presidente Michel Temer em 2017. Assim, o exame — principal porta de entrada no ensino superior — terá a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como referência.

Um grupo de trabalho do MEC, coordenado pela Secretaria de Educação Básica (SEB), elaborou as orientações para o novo Enem. Também participam a Secretaria-Executiva (SE), a Secretaria de Educação Superior (Sesu), a Secretaria de Modalidades Especializadas de Educação (Semesp), a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec), o Inep, o CNE, o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) e a Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep).

Enem atual

A versão atual do Enem conta com quatro áreas de conhecimento — Ciências Humanas e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias — e cada uma com 45 questões. A prova é dividida em dois dias. Só a redação segue o modelo discursivo.

Todos os itens são de múltipla escolha. Com isso, a formulação e a correção são feitas com base na Teoria de Resposta ao Item (TRI), que atribui pesos diferentes ás questões a partir do grau de dificuldade. O modelo também permite que edições de anos diferentes apresentem o mesmo nível de questões.

Com o novo enem, o TRI não poderá mais ser utilizado. Um novo método que permita a correção d eitens abertos deverá ser adotado.

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