Por G1 PE


Pouca gente foi até a Unibra, no Centro do Recife, no segundo dia do Enem digital — Foto: Pedro Alves/G1

O segundo dia de provas do Enem digital ocorre neste domingo (7), com questões de matemática e ciências da natureza. A nova modalidade, apesar de trazer mais facilidade na aplicação, causou divergências entre os candidatos que foram até o Centro Universitário Brasileiro (Unibra), na Boa Vista, no Centro do Recife, realizar o exame.

Na capital pernambucana, há 1.874 inscritos no Enem digital. Já em Caruaru e Petrolina, o número de candidatos é de 469 e 357, respectivamente, de acordo com o Ministério da Educação. No primeiro dia de provas houve abstenção de 63,9% em Pernambuco.

Estela Gomes, de 23 anos, faz Enem pela nona vez. Ela cursa engenharia química, mas decidiu trocar de instituição de ensino. Para ela, a experiência do Enem digital foi negativa por causa da logística de realização da prova.

Estela Gomes não gostou da edição digital do Enem — Foto: Pedro Alves/G1

“Eu me arrependi completamente. Me inscrevi porque era uma coisa inovadora e eu fazia a prova do mesmo jeito há muito tempo. Não sei se era assim em todos os lugares, mas as salas são muito pequenas, tinha pouco espaço entre os candidatos e havia um papelão para dividir as mesas, como se fazia nas antigas lan houses. Esse espaço era muito pequeno para se movimentar”, afirmou a jovem.

A aplicação do Enem Digital ocorre em 104 cidades brasileiras neste domingo. Nacionalmente, foram disponibilizadas 100 mil inscrições para o formato. Desse total, 96.086 inscritos confirmaram a participação.

Candidata elogia aplicação das provas do Enem digital no Recife

Candidata elogia aplicação das provas do Enem digital no Recife

Recife, Caruaru e Petrolina são as únicas cidades pernambucanas com a prova digital. Por causa disso, a auxiliar administrativa Karla Nunes, de 27 anos, precisou sair de Paulista, no Grande Recife, para fazer a prova na capital. Para ela, a facilidade de fazer a prova foi inegável (veja vídeo acima).

"Eu estou prestando vestibular para educação física e é a segunda vez que faço o Enem. Gostei muito da edição digital, achei menos cansativo que a impressa. Acho que seria uma boa se fosse sempre assim. Se precisar fazer de novo a prova, com certeza escolheria digital", afirmou.

Unibra, no Centro do Recife, é um dos pontos de aplicação das provas do Enem digital — Foto: Pedro Alves/G1

A técnica em enfermagem Girlene Andrade, de 23 anos, gostou do formato da prova, mas criticou a logística.

"Trabalho num hospital no Espinheiro [Zona Norte do Recife] e quero cursar enfermagem. Somente o fato de não ter cartão de respostas, para mim, valeu a pena. Foi só entregar e pronto. Mas o espaço deixou muito a desejar. Até para escrever a redação foi complicado. Eu terminei a prova mais rápido por causa da facilidade em não ter que preencher o cartão", declarou Girlene Andrade.

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