RIO - Oitenta jovens de diferentes escolas de todo o Brasil discutiram, nesta quinta-feira, os principais problemas da sala de aula e como a tecnologia pode ajudar — ou atrapalhar — o ensino.
O encontro, feito na sede do jornal O GLOBO, faz parte da preparação para o Educação 360 Jovem Tech que acontece nesta sexta-feira. As realidades diferentes fizeram os estudantes concluírem que, enquanto um aluno já possui aula de robótica, outros ainda sofrem com a ausência de professores de matemática.
— Cada aluno, de cada estado diferente, mostrou uma realidade diversa perante o ensino. O consenso geral é que o professor, o estudante e a tecnologia podem andar juntos — afirmou Pamela Naome, de 28 anos, da Fundação Roberto Marinho, que possui um amplo trabalho com alunos que estão fora da idade regular escolar.
Clique aqui para assistir à transmissão ao vivo
Durante o dia, os estudantes de colégios particulares e públicos tiveram palestras com diferentes especialistas, nas quais puderam tirar dúvidas e mostrar como as diferentes mídias são utilizadas em suas escolas. Anna Penido, diretora do Instituto Inspirare, foi uma das que conversaram com eles e também estará no encontro de hoje.
— Ouvir o relato de vocês, que sabem do cotidiano da escola, é muito importante. Os jovens possuem um domínio sobre a tecnologia que pode ser compartilhado para uma melhor vivência da sala de aula — afirmou Penido durante a conversa.
Em um segundo momento, os jovens se dividiram em grupos para discutir os quatro temas que serão debatidos no encontro no Museu do Amanhã (veja mais acima) . Nesse debate, o que mais chamou a atenção deles foi a diversidade de realidades escolares.
— As necessidades de cada escola são muito diferentes — afirma Luisa Zanchetta, de 17 anos, do Sesi da cidade de Gravataí, no Rio Grande do Sul, que evidencia a diferença da tecnologia utilizada em sua escola quando comparada com outras. — Eu faço robótica. Achava que isso já era uma etapa natural e importante. A gente aprende muito melhor com essa aula.
Aline Clara, de 30 anos, que hoje estuda na Fundação Roberto Marinho, mas antes teve experiências escolares ruins, lembra que a realidade dos colégios no Brasil está longe do valorizado por Luisa.
—Hoje estudo em um colégio bom e que me atrai. Mas, enquanto eu tenho isso, e ela (a Luisa) tem aula de robótica, vemos muitos colégios que não têm nem professores de matemática. — aponta Aline.
De cada discussão, os alunos escolheram, entre eles, um representante para debater, em equidade, com os especialistas convidados do Educação 360 Jovem Tech.
Painéis:
10h — Tecnologia no ensino médio;
11h30 — Formação para o trabalho;
15h — Itinerários formativos do novo ensino médio;
16h30 — O professor do ensino médio.