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Por Jornal Nacional


Na Câmara, ministro da Educação é perguntado sobre baixas no ministério

Na Câmara, ministro da Educação é perguntado sobre baixas no ministério

O ministro da Educação, Ricardo Vélez, participou nesta quarta-feira (27) de uma audiência na Câmara dos Deputados e foi questionado sobre a situação na pasta, que tem recebido críticas.

Na primeira visita que fez à Comissão de Educação da Câmara, o ministro Ricardo Vélez Rodriguez ouviu várias perguntas sobre a última crise no ministério que, na terça-feira (26), culminou com a saída do presidente do Inep.

O ministro disse que Marcus Vinícius Rodrigues agiu sem consultá-lo ao assinar a portaria que adiou a avaliação da alfabetização. A portaria foi revogada 24 horas depois de publicada.

“O diretor-presidente do Inep puxou o tapete. Ele mudou de forma abrupta o entendimento que já tinha sido feito para preservação da Base Nacional Curricular e fazer as avaliações de comum acordo com as secretarias de Educação estaduais e municipais”, disse Vélez.

Em entrevista ao Bom Dia Brasil, o ex-presidente do Inep Marcus Vinícius Rodrigues, antes de o ministro falar para os deputados, disse que apenas seguiu orientação do ministério.

“Eu tinha que publicar a portaria e eu tinha como respaldo uma portaria que foi feita por dois diretores do Inep, pelo secretário de Alfabetização do MEC, além de todos os colaboradores, e tinha ainda um documento à parte em relação à não inclusão da alfabetização”, disse.

Foram cinco horas de sessão, e o ministro foi muito cobrado sobre a indefinição de programas e a falta de posição em relação a políticas importantes do setor como o Fundeb, principal fonte de recursos para a educação e que, por lei, acaba no final de 2020.

O ministro disse que está trabalhando e que os resultados demoram a aparecer. Questionado sobre a permanência no cargo, disse que não pretende pedir demissão.

“Ficarei no ministério até que o senhor presidente me diga: 'Olha, os seus serviços, muito obrigado, tchau’”, afirmou.

Vélez também falou sobre a violência nas escolas e tráfico de drogas, e voltou a defender escolas cívico-militares.

“A gestão cívico-militar afasta o traficante da escola. O traficante dá no pé, porque o traficante quer massa de manobra barata. Era o que fazia Pablo Escobar em Medellín, a mesma coisa. Pablo Escobar tinha reservado campos de futebol para os jovens, e uma pequena biblioteca”, comparou.

O ministro também falou sobre a política de cotas: disse que elas durarão enquanto for necessário e que, à medida em que as escolas públicas melhorarem, a tendência é que as cotas deixem de existir.

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