A iniciativa vai capacitar formadores de docentes para o letramento matemático na pré-escola.

“Pensar matematicamente sobre um problema significa desenvolver habilidades de unir, separar, corresponder, somar. São questões que os professores podem usar sistematicamente desde a Educação Infantil, considerando sempre o equilíbrio entre o brincar e o ensinar. Portanto, o programa formativo é uma oportunidade fundamental para capacitar os educadores, não só para garantir o desenvolvimento escolar da criança, mas para contribuir com sua condição humana”, afirma Cláudia Sintoni, gerente de implementação do Itaú Social.

A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Itaú Social, a Fundação de Apoio e Desenvolvimento à Educação Básica (Fadeb-MS) e o Instituto Sidarta.

Para marcar o início da parceria, um evento será realizado na quarta-feira (27), em Campo Grande, com a presença do professor Edio Antônio Resende de Castro, secretário adjunto de estado de Educação de Mato Grosso do Sul; Ya Jen Chang, presidente do Instituto Sidarta; Jack Dieckmann, diretor do Centro de Pesquisa Youcubed, da Universidade de Stanford (Califórnia/EUA); Cecilia Motta, diretora-presidente da Fadeb-MS; Cláudia Sintoni, gerente de Implementação do Itaú Social; e Juliana Yade, coordenadora de Educação Infantil do Itaú Social.

Dieckmann é diretor de pesquisa no centro fundado pela professora de educação matemática Jo Boaler (Stanford), criadora das Mentalidades Matemáticas. A abordagem se baseia em estudos da neurociência e se apoia em propostas colaborativas, estimulando uma nova maneira de pensar e se relacionar com a disciplina.

O projeto para a Educação Infantil no Mato Grosso do Sul começa com um programa formativo para apresentar princípios e conceitos de Mentalidades Matemáticas aos gestores e corpo técnico das secretarias municipais de educação ainda em 2023.

Após essa fase, secretarias municipais serão selecionadas para participar de uma formação com aulas online e presenciais ao longo de 2024.

"Os formadores exercem papel-chave para que uma matemática mais visual, criativa, aberta e equitativa se espalhe pelo território, uma vez que atuam como multiplicadores no sistema de ensino. A ideia é que, a partir das ações do programa, eles possam desenvolver estratégias para apoiar os docentes na implementação de rotinas pedagógicas inovadoras, que se inspirem na abordagem MM e mostrem que a matemática está presente em tudo no nosso cotidiano", ressalta Ya Jen Chang, presidente do Instituto Sidarta.