Miriam Leitão: 'No ano eleitoral é muito ruim carregar um ministro com tantas denúncias'
O primeiro ministro da educação foi Ricardo Vélez Rodríguez, que ficou só quatro meses no cargo. Ele sugeriu revisar livros didáticos sobre a ditadura militar no Brasil. No período em que ficou no cargo, houve uma disputa interna que paralisou o MEC.
Na sequência, entrou Abraham Weintraub. A gestão dele foi marcada por problemas como as falhas na correção do Enem e relações conflituosas com diversos setores acadêmicos. Weintraub foi tirado do cargo 1 ano depois ao ofender ministros do STF e defender a prisão de integrantes da corte.
No mesmo mês, Carlos Alberto Decotelli foi anunciado ministro, mas nem chegou a tomar posse por causa de denúncias sobre informações falsas no currículo dele.
Milton Ribeiro foi quem ficou mais tempo como ministro da Educação - 20 meses. Na gestão dele houve uma debandada de funcionários do Inep, responsável pelo Enem, e da Capes, que fomenta a pós-graduação no país.
A saída de Milton Ribeiro teve mais a ver com a campanha eleitoral do que com as denúncias de corrupção. Miriam Leitão analisou o assunto no Bom Dia Brasil. Segundo Miriam, “no ano eleitoral é muito ruim carregar um ministro com tantas denúncias” e complementou dizendo que “a exoneração do ministro Milton Ribeiro não tira as digitais do Palácio do Planalto de toda essa história”.
A jornalista também lembrou da atuação do Ministério da Educação e classificou como: “falha completa”.
“O pior é que o Ministério da Educação não faz o trabalho do Ministério da Educação. Ele fica o tempo em briga, conflito, assuntos laterais”.