27/02/2018

Ministro: “Educação pública precisa virar centro das atenções”

O Brasil só vai ter a verdadeira revolução na educação quando a sociedade, como um todo, aderir à causa, quando todos se preocuparem e se mobilizarem com relação à educação”. A frase foi dita pelo ministro da Educação, Mendonça Filho, durante seminário realizado nesta segunda-feira, 26, em Barreiros-PE. “A educação pública precisa virar o centro das atenções, do contrário a gente vai ficar sempre distante daquilo que ocorre nas principais nações do mundo”, completou.

O seminário tem como objetivo discutir alternativas para melhorar os indicadores pernambucanos na educação básica. Na avaliação de Mendonça Filho, é fundamental que as políticas públicas do MEC, dos estados e dos municípios foquem na qualidade da educação na base e que todos se envolvam dentro desse processo. “O Brasil só vai ter a verdadeira revolução na educação quando a sociedade, como um todo, aderir à causa, quando todos se preocuparem e se mobilizarem com relação à educação”, explicou.

O ministro ressaltou que a maior parte da classe média brasileira tem seus filhos nas escolas privadas e, assim, fica distante da realidade da esmagadora maioria das crianças e jovens do Brasil, que estudam em escolas públicas.

Alfabetização – Durante o evento, o secretário de Educação Básica do MEC, Rossieli Soares, apresentou a política de alfabetização e formação do professor organizada pelo governo federal. Uma das ações é o programa Mais Alfabetização, que deve atender a 4,2 milhões de alunos em todo o Brasil. Integra o Plano Nacional de Alfabetização, lançado pelo MEC no ano passado, com expectativa de investimentos de R$ 523 milhões.

“Formação e alfabetização são dois processos fundamentais”, reforçou Rossieli. “Ter um professor bem formado é a coisa que mais impacta positivamente na educação, pois trazer a melhor formação de professores é fundamental. Precisamos também melhorar o processo de alfabetização. Hoje, mais da metade das crianças brasileiras, ao final do terceiro ano, não sabem ler. Sendo assim, ter esse foco dentro do MEC para apoiar as redes municipais e estaduais, além das próprias escolas, é fundamental”.

O presidente do Instituto de Corresponsabilidade pela Educação (ICE), Marcos Magalhães, mostrou o cenário preocupante da alfabetização brasileira e a repercussão que o aprendizado deficiente registra ao longo da vida escolar de crianças e adolescentes. “É importantíssimo o ministro trazer essa mensagem para toda a população, para toda a comunidade educacional, porque temos desafios enormes pela frente”, avaliou. “O que se faz é colocar um espelho na frente do pessoal, mostrando que de um lado há desafios e no outro há apoio. Os programas que o MEC desenvolveu para apoiar o professor na sala de aula, lá na ponta, são extremamente ricos. ”

Esta é a quarta edição do seminário Movimento Pernambuco pela Educação, que tem o apoio da TV Escola, Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), Instituto Ayrton Senna e das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), sendo promovido pelo Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. Os dois primeiros encontros foram realizados em dezembro do ano passado, nas cidades de Caruaru, no agreste pernambucano, e Petrolina, no sertão do estado. No início deste mês, o terceiro seminário foi apresentado em Goiana, que pertencia à Zona da Mata Norte e há pouco mais de um mês passou a compor a Região Metropolitana do Recife.

Assessoria de Comunicação Social - MEC (26.02.2018)

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